O sol da manhã atravessava as cortinas finas da sala, desenhando feixes dourados pelo ambiente simples. Pisquei algumas vezes, confusa, até perceber onde estava. A lembrança de ontem à noite voltou como um vendaval: meu casamento relâmpago, Julian dormindo em meu quarto, eu encolhida no sofá tentando assimilar a avalanche de acontecimentos. Por um instante, pensei que tivesse sonhado tudo, mas bastou virar o rosto e ver Julian parado à porta da sala, encostado no batente, para entender que a realidade tinha ultrapassado qualquer imaginação. A visão me faz abrir um sorriso leve, a tranquilidade em seu olhar me transmite paz. — Bom dia, esposa — ele disse com um sorriso preguiçoso, os cabelos ainda bagunçados, vestindo uma camiseta simples que de algum modo parecia feita sob medida para ele. — Bom dia… marido. — Revirei os olhos, tentando disfarçar o calor que subiu às minhas bochechas. Ele se aproximou devagar, os passos firmes ecoando pelo piso de madeira gasta. Se
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