POV EvieO carro avançava pela estrada sinuosa, ladeada por vinhedos que se estendiam até onde a vista alcançava. As folhas avermelhadas do outono pareciam arder sob o sol suave da manhã, e, por um instante, senti como se estivesse entrando em outro mundo. Vittorio dirigia em silêncio, mas era um silêncio confortável, quase cúmplice.— Nervosa? — ele perguntou, sem tirar os olhos da estrada.Sorri de canto. — Um pouco. Conhecer os avós de um homem… não é algo leve.— Eles vão amar você. — A certeza em sua voz me aqueceu mais do que o aquecedor do carro. — Minha avó é doce como pão recém-assado. Meu avô… bem, ele é teimoso como pedra. Mas até pedra se rende quando encontra um olhar como o seu.Revirei os olhos, rindo. — Você exagera.— Não o bastante. — Ele deslizou a mão sobre a minha, firme, até entrelaçar nossos dedos.Chegamos a uma casa imensa, de pedras claras e janelas altas, rodeada por um jardim impecável. Parecia saída de um daqueles filmes antigos em que famílias se reuniam
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