RoyVer novamente Dona me deixou com um gosto doce na boca. Confesso que sinto falta de estar próximo dela, de sentir seu perfume todos os dias. Mas até isso Caroline tem me feito esquecer. Essa mulher é espetacular, de outro mundo e eu amo o jeito que ela sorri para mim. Amo o jeito que ela se expressa, amo tudo nela. Donatela foi um grande amor, uma paixão avassaladora que quase custou a minha vida, mas que sinceramente, valeu muito a pena. Eu adoro o jeito como ela sorria pra mim, mas devo admitir que Caroline tem um sorriso muito mais radiante. Nos conhecemos a pouco menos de dois meses, mas mesmo com tão pouco tempo já fizemos coisas inimagináveis. Estou em uma missão muito particular, viajando o mundo e conhecendo novos lugares.Eu não fiz isso na intenção de viver mais, e sim na intenção de ficar longe daquela mulher casada com dois mafiosos barra pesada, e manter minha cabeça colada ao meu pescoço. Nenhum soltado que tenta se aproximar das mulheres daquela família consegue

Luan_ Ela anda se afastando de novo. Está muito pensativa e isso me incomoda. Acho que Dona pensa que estamos escondendo muitas coisas dela, quando na realidade eu nem sei mais o que estou fazendo. _ Resmungou Mikael. _ Eu não consigo entender como uma mulher daquelas consegue se esconder tão bem… E realmente não entendo, porque somos a porra da Máfia, e ela é só uma civil. _ A não ser que… _ MIkael parou a frase para pensar bem. _ a não ser que ela tenha conseguido outro homem de máfia, ou de alguma organização forte. _ Eu também suspeito disso, mas não tem como provar por enquanto. _ Sentei no sofá sentindo meu ombro doer. Para desestressar eu estou voltando a praticar luta, porém parece que todos os meus oponentes querem me nocautear rápido, e acabo todo quebrado no final. Na maioria das vezes eu acabo vencendo, mas em outras minha chance fica nula. _ Você tem que parar de praticar esse hobby, tá fudendo você completamente. _ Observou Mikael. Ouvimos uma batida na porta, e

DonatellaSentei na mesa com os garotos, a cara de Ligia está péssima, mas em poucos minutos ela vai mudar. O pouco tempo que conheço essa família, sei que são malucos e animados, e que não perdem a oportunidade de ficarem juntos, unidos. Honestamente, apesar de todos os defeitos que eles têm, incluindo a parte em que matam pessoas sorrindo, eu sinto uma profunda inveja das mulheres que cresceram e casaram com eles. Talvez, se eu tivesse crescido em uma família assim, a minha cabeça não seria tão fodida como é. _ Vocês sabem alguma notícia da tia Olivia? Ela nunca mais apareceu. _ Disse Ligia arrancando-me do transe. _ Não. Mas é de praxe ela aparecer e sumir do nada. Deve estar em alguma fazenda por aí, ou escondida. _ Disse Mikael. Olivia… essa mulher é tão diferente, tão falada, e tão misteriosa. Eu nunca soube a real história dela, porque as pessoas só falam por cima, ninguém sabe realmente o que se passou com ela, as pessoas sabem somente aquilo que elas ouviram de outras bo

DonatellaSei que convidei os garotos para a cama, mas quem disse que consegui dormir? Passei a noite inteira com os olhos arregalados, sentindo meu coração bater forte contra meu peito. A sensação é de sufoco, a náusea que ameaça tomar conta de mim a qualquer instante me faz ficar inquieta, completamente perdida. Sei que Luan e Mikael ainda não pararam frente a frente com a minha mãe, mas e se eles pensarem que eu sou igual a ela? Isso seria devastador. Talvez, essa ideia maluca de rever a mulher tenha sido péssima. Escorreguei para fora da cama, passando entre os dois homens que dormem cada um em um lado oposto, deixando-me sempre no meio. Sei que eles estão completamente ferrados no sono, porque já reconheço o padrão da respiração e a altura do ronco de Luan, que parece cada dia mais cansado, completamente exausto.Fico triste em vê-los assim, tão estressados e sei que carrego culpa nesse cartório.Respirei fundo ao olhar meu reflexo no espelho, e quando retornei ao quarto, na in

Donatella Luan estava ofegante, estirado no sofá como se cada músculo tivesse desistido de lutar contra o cansaço. Seu peito subia e descia lentamente, e por um instante eu apenas o observei, tão vulnerável, entregue, alheio ao turbilhão que fervia dentro de mim, mesmo após o nosso sexo.Caminhei até o banheiro, lavei o rosto, me vesti, mas a sensação que me invadiu não foi de alívio. Foi culpa. Um nó apertado no estômago, um peso sufocante que me fez questionar minhas próprias escolhas. Ao voltar, encontrei Luan completamente entregue ao sono, nu, com o corpo exposto e completamente gozado. Suspirei, cobri-o com uma manta, e fechei a porta em silêncio, para tentar dar a ele o sono merecido, o qual eu mesma acabei tirando mesmo sem querer. Caminhei até a varanda a passos lentos. Precisava respirar, encontrar no vento gelado alguma resposta que me acalmasse e me trouxesse serenidade. Apoiei-me no batente da porta, olhando o jardim escuro, deixando o ar frio bater no meu rosto quente