NARRAÇÃO DE BRADY DAWSONAproximei o carro devagar, observando o médico na varanda — maleta apoiada ao lado, semblante calmo, paciente.Ao meu lado, Sara me fitava com desconfiança, uma sobrancelha arqueada.— Brady... por que tem um médico na varanda?Respirei fundo, tentando conter o sorriso.— É apenas por precaução, meu amor. Você não se sentiu bem, e eu fiquei preocupado.Ela suspirou, balançando a cabeça.— Você é impossível.— Cuidadoso — corrigi, abrindo um meio sorriso. — É diferente.Peguei Julie dos braços dela, que continuava dormindo profundamente, e a levei até o quarto.Abaixei a luz, beijei-lhe a testa e fiquei ali por um instante, observando aquele pequeno pedaço de vida que já me bastava. Mas então o coração acelerou, e uma ideia me atravessou a mente como um lampejo:e se agora tivéssemos dois?Voltei à varanda. Sara conversava com o médico, visivelmente sem paciência.— É só uma hipótese, doutor — me apressei em explicar, antes que ela reclamasse outra vez. — Eu pr
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