Vitório Greco Três meses depois.Felippo_ Chega Vitório! Não há mais ninguém louco o suficiente para te desafiar nesse ringue, precisamos ir, temos uma reunião com o conselho daqui a pouco.Olho para todos os lados em busca de um filho da puta sequer que esteja disposto a me enfrentar, mas todos desviam o olhar, só há covardes nessa porra de lugar.Solto um urro frustrado e saio do ringue, minha ânsia por violência ainda me consumindo, fazendo com que me sinta uma fera enjaulada.Um soldado vem até mim e me entrega uma toalha para limpar o excesso de sangue em minhas mãos, rosto e corpo.Caminho ao lado do meu Consigliere em silêncio, não dando espaço para ele falar mais nada, já sei o que vai dizer.Felippo está sempre repetindo o mesmo, dizendo que preciso seguir em frente, que não posso deixar o ódio e o ciúme me cegarem, mas porra, o que ele faria se estivesse em meu lugar?Se Bianca tivesse fugido com outro homem, e pior, se esse homem fosse seu primo, a quem ele considerasse um

Vitório Greco Mais uma semana havia se passado e nada de conseguir uma pista que seja do paradeiro de Santino e Annastacia, aquilo me deixava frustrado para caralho, mas eu tinha certeza de que não seria fácil encontrá-los, meu primo era o meu subchefe, ele teve o mesmo treinamento que eu, então sabia muito bem como fazer para desaparecer do mapa sem deixar rastros.Mas vou encontrar aqueles dois, não importa o tempo que leve. Anna voltaria para mim, mesmo que ainda não soubesse o que ia fazer com ela, na verdade, não sabia nem o que fazer com Santino, talvez o desgraçado do meu pai estivesse certo e eu estivesse fraquejando.Respiro fundo, olhando pela janela, enquanto meu motorista me levava para mais uma reunião com um dos associados. Felippo havia viajado para Nápoles a fim de supervisionar uma carga de armas que chegaria no porto, normalmente esse era um trabalho feito pelo meu subchefe, mas atualmente o cargo estava vazio. Mesmo com a insistência do meu pai e do conselho, ainda

Vitório Greco Cumpri com o prometido e, ao lado de Santino e Felippo comandamos um banho de sangue descomunal.Sabia que aquilo era algo inédito na Cosa Nostra, mas acabei descobrindo que a maioria dos Capos aprovou a minha decisão, o que, de fato, me surpreendeu.Pensei que enfrentaria problemas após matar todo aquele conselho de merda, mas não foi bem assim, aparentemente, muita gente estava insatisfeito com os velhos filhos da puta que já não agregavam mais nada na família a não ser impor a forma antiquada deles de administrar a organização.No início, eu até os respeitava por saber que foram eles quem no passado mantiveram a família no topo, mas assim como meu pai, ambos pareciam não entender que o poder não estava mais em suas mãos e que as palavras deles já não eram mais leis.Toda vez que nos reuniamos, eles queriam se impor e agiam como se eu fosse um moleque manipulável.A verdade é que eu já estava cansado daquilo e saber que possivelmente alguns, ou todos eles, eram aliado