Vitório Greco Annastacia andava de um lado para outro, nervosa, mas eu só conseguia prestar atenção no quanto ela estava linda.A ruivinha da minha vida estava perfeita em seu longo vestido de festa azul. A maioria das pessoas pode dizer que o verde é a cor que mais combina com as mulheres ruivas, mas o azul com certeza é a cor da Mia Estela, ele reflete a imensidão do céu nos olhos dela e destaca o vermelho alaranjado dos seus cabelos e a pele branca salpicada de sardas.Não vou negar que me incomoda esse enorme decote nas costas dela, mas o fato do vestido ter uma modelagem mais solta sem marcar suas curvas perfeitas ameniza um pouco a minha possessividade. Sei que Anna optou por esse modelo para disfarçar a barriga de cinco meses que logo não será mais possível esconder.Conforme ela se movimenta em meio ao seu nervosismo, balançando os longos cabelos, o perfume de flores invade o ambiente, me fazendo suspirar, apreciando o aroma que tanto adoro.Vitório_ Você precisa ficar calma

Annastacia GrecoVitório e eu não trocamos mais nenhuma palavra desde que saímos do prédio, nem mesmo olhei para ele quando passamos pelo salão e vimos toda aquela cena de filme de terror.Não havia nenhum corpo, mas todo aquele sangue denunciava que uma grande chacina aconteceu bem ali.Quando entramos no carro, me sentei o mais longe possível dele e percebi que isso o incomodou. Meu marido odiava quando eu recusava o seu toque.Não me importei, estava fervendo por dentro, não queria que ele machucasse a Isabela, por mais que soubesse que ela não era uma boa pessoa e tivesse minhas mágoas, ela ainda era a minha irmã e tudo que eu queria era que ela voltasse para Nápoles e seguisse com a sua vida.Ao chegarmos em casa, Vitório sequer desceu do automóvel, um soldado abriu a porta para mim e eu saí. Bianca, que tinha chegado alguns minutos antes de nós, estava me esperando.Mas eu não ficaria ali, não podia simplesmente ficar parada enquanto meu marido possivelmente torturava e matava a

Annastacia GrecoAnnastacia_ Me solta, eu não vou voltar lá, só queria tirar a minha irmã daquele lugar!Grito com Felippo que me ignora e só me deixa livre após trancar a porta atrás de nós.Isabela está tremendo, abraçada a mim e Bianca nos olha preocupada, sem saber o que fazer.Na verdade, nem eu sei, Isabela parece que vai desmaiar a qualquer momento, sem contar o choro desesperado, nunca vi minha irmã assim.Felippo_ Porra, Anna, você perdeu a cabeça? Não podia ter entrado lá daquele jeito!Bianca _ Ela só queria salvar a irmã.Felippo_ Com você, eu me entendo depois, coelhinha, também agiu errado trazendo a Anna até aqui, poderiam ter sido sequestradas no caminho, Martino está por aí à espreita só esperando um descuido nosso para atacar.Bianca _ Se entender comigo? Vai fazer o que, me bater?Felippo_ Sabe que nunca te machucaria, coelhinha, mas precisamos conversar, foi errado o que fez.Annastacia _ A culpa não foi dela, fui eu quem a obriguei a me trazer aqui, não podia fica

Anna GrecoMais uma vez acordo sozinha, a tática de deixar a porta aberta não funcionou. Vitório não voltou para o nosso quarto e tem me evitado a semana inteira, quase não o vejo, nem mesmo na hora das refeições ele aparece.Sinceramente, não sei no que está pensando, eu quem deveria estar brava, na verdade, eu estou brava, ele podia ter matado a Isabela.Não vou dar o braço a torcer, não quando ele queria machucar a minha família.O problema é que tem sido torturante estar longe dele, até meus bebês parecem sentir falta do pai. Toda noite eles ficam agitados dentro da minha barriga, o que é incomum aos cinco meses de gestação, nem era para eles estarem se mexendo tanto assim.Desanimada, me forço a levantar, papai vem buscar a Isabela hoje, não nos falamos desde o casamento dela, depois da nossa última conversa.Sinto falta dele, do seu carinho, do seu abraço e até de ouvir ele me chamando de cenourinha. É doloroso ver o quanto nossa relação mudou.Tomo um banho e coloco um vestido

Vitório Greco Porra! Rejeitar Annastacia foi de longe a coisa mais difícil que já fiz na vida, e olha que já fiz muita, mas muita merda.Custou todo o meu autocontrole tirar ela do meu colo e me afastar, quando tudo em mim queria seu corpo, seu cheiro, seu toque e seus lábios nos meus.Agora estou aqui, com uma puta de uma ereção dolorosa que nem mesmo a punheta que bati pensando nela enquanto tomava banho ajudou a aliviar. Quero a minha mulher, é mais que desejo ou tesão, é uma necessidade pungente que só cresce mais a cada dia que passa.Acho que, de todas as torturas que meu pai me infligiu, nenhuma se compara ao que estou sentindo agora.Mas preciso ser firme e me manter forte, amo aquela ruiva mais do que posso definir em palavras, é até engraçado pensar em amor, mas ela despertou isso em mim quando eu nem ao menos acreditava ter um coração.Fui forjado no ódio e na escuridão, qualquer sentimento bom era considerado uma fraqueza pelo meu pai, hoje vejo que ele estava certo, porq