(Ponto de Vista de Adrian)Como já não via sentido em continuar discutindo, nem em tentar atravessar o muro que ela havia erguido entre nós, abandonei qualquer pretensão de conversa. Então, segurei sua cintura com firmeza, de modo possessivo, trazendo-a para mais perto, ao mesmo tempo em que pressionei meu corpo contra o dela.Cravei os dentes em seu pescoço, na pele macia logo abaixo da orelha, e deslizei os lábios para baixo, mordiscando sua clavícula com lentidão calculada, até que um gemido sutil e involuntário escapou de seus lábios, incendiando em mim um desejo bruto, misturado a um impulso cada vez mais escuro e primitivo de dominação.Minha boca desceu, guiada pelos movimentos dos seios dela que balançavam a cada investida, oferecendo-se como um convite tentador que aceitei sem resistência, sugando os mamilos rosados enquanto deslizava a língua em círculos provocantes até senti-los endurecidos e sensíveis, provocando nela um outro gemido suave e entrecortado que apenas alimento

(Ponto de Vista de Sarah)Desliguei o chuveiro, ouvindo o som da água ecoar no silêncio do banheiro, então saí para o tapete, sentindo o frio do azulejo tocar meus pés, em completo contraste com o calor que o banho havia deixado em minha pele. Em seguida, sequei-me depressa, realizando os movimentos de modo mecânico e distante, como se apenas cumprisse uma rotina, enquanto minha mente insistia em repassar os acontecimentos da última hora, revivendo cada detalhe. E, por fim, vesti o pijama, já que o algodão macio era um pequeno consolo contra o desconforto generalizado.Ao retornar para o quarto, senti um alívio imediato ao encontrar o ambiente vazio, pois Adrian já havia saído. Porém, uma onda de exaustão me envolveu por inteiro e, como eu simplesmente não tinha energia sequer para descer e preparar o jantar, rastejei até a cama, puxando o edredom sobre a cabeça, buscando abrigo na escuridão e no calor, como se ali pudesse encontrar algum refúgio.No entanto, assim que comecei a adorme

(Ponto de Vista de Sarah)Empurrei a pesada porta de carvalho da sala de reuniões, exibindo um sorriso educado e cuidadosamente ensaiado.— Bom dia a todos. — Cumprimentei, fazendo minha voz soar clara e profissional. — Lamento por tê-los feito esperar.Enquanto percorria a sala com o olhar, notei os cinco homens já acomodados ao redor da grande mesa de mogno: todos estavam impecavelmente vestidos, com ternos sob medida e expressões que misturavam expectativa e impaciência. No entanto, um deles, alto, bem constituído, de cabelos escuros e olhos azuis intensos, permanecia de costas para mim, absorto em uma ligação.Aproximando-me, aguardei pacientemente que ele encerrasse, mesmo enquanto minha mente já revisava os detalhes da proposta, os pontos-chave que eu precisava enfatizar.Quando ele finalmente desligou, virou-se para mim e, assim que nossos olhares se encontraram, senti um choque de... Reconhecimento. Havia algo de familiar nele, talvez o modo como seus olhos se fixaram nos meus,

(Ponto de Vista de Sarah)Houve momentos em que precisei encarar a realidade e simplesmente deixar de insistir em quem não valia meu tempo.Eu não me importava de sacrificar meu tempo para tentar fazer um relacionamento funcionar, contudo, no fim das contas, era necessário que existissem resultados positivos. Tal como Adrian, eu também tinha direito a uma vida estável, mas ele insistia em me cobrar perfeição, enquanto apontava cada um dos meus defeitos e esperava, injustamente, que eu fingisse não notar os dele.Gota a gota, o desgaste lento e constante foi consumindo minha autoestima, como um veneno silencioso que infiltrava minha confiança, e, por meses, vivi pisando em ovos, tentando prever os humores dele, decifrar suas exigências veladas: uma rotina que, além de tudo, me deixava profundamente exausta.Já haviam se passado cinco dias desde que voltei para a casa da minha mãe e, ao contrário do que acontecia naqueles romances clichês, eu não me tranquei no quarto para chorar pelo ca

(Ponto de Vista de Sarah)Depois do que pareceu uma eternidade experimentando roupas, finalmente ficamos prontas. Meu vestido azul de alças finas e corpo justo realçava cada curva, trazendo um leve brilho sempre que a luz o tocava, enquanto Ester, como sempre, não teve medo de ousar e escolheu um mini vestido vermelho de tiras, que evidenciava sua silhueta perfeita a ponto de parecer que ela poderia incendiar a pista de dança.— Estamos incríveis! — Ester exclamou, posando diante do espelho de corpo inteiro.Ri, enquanto alisava meu cabelo mais uma vez e, como nenhuma de nós estava com disposição para grandes produções, acabamos deixando os fios soltos, caindo pelas costas. Para completar o visual, aplicamos apenas um pouco de máscara de cílios, um toque de gloss e, é claro, calçamos nossos saltos favoritos. Assim, de braços dados, saímos para a noite, embaladas por uma expectativa vibrante que, por sua vez, tornava tudo ainda mais animado.Apesar de ser um dia útil, a balada pulsava c