MADISSONKael me agarrou pelos ombros e me empurrou para trás, com força, me mandando correr.Cambaleei, quase caindo.— Eu não vou te deixar sozinho!Os olhos dele brilharam ainda mais, agora completamente dourados.— Obedeça. Pelo menos uma vez na vida, Madisson! — ele gritou.Um dos homens deu um passo adiante, sorrindo com escárnio.— Ela não deveria ir embora. Estamos curiosos para saber o que levou Kael Thorne a se interessar por uma humana.Meus olhos se estreitaram, e encarei os três com indignação.— Qual é o problema de vocês? E por que continuam me chamando de "humana" como se fossem diferentes?O homem do meio sorriu, seus dentes brancos contrastando com a expressão sombria.— Porque nós somos diferentes.Kael tomou imediatamente a frente de novo, bloqueando minha visão com o próprio corpo. Sua voz saiu mais grave e autoritária do que nunca.— Vão embora. Agora.Por um segundo, tudo congelou. Eles ficaram paralisados, como se algo os tivesse afetado profundamente. A respir

MADISSONAcordei com o sol entrando timidamente pela janela, o calor do lençol ainda envolvendo meu corpo. Por um instante, me perguntei se tudo aquilo que tinha acontecido, a visita inesperada de Kael, o beijo contido, a conversa não teria sido apenas um sonho.Levantei devagar, sentindo o corpo estranho, mas o arranhão no meu ombro já tinha sumido, o que me fez respirar aliviada. Vesti a farda da escola, a saia xadrez que sempre me pareceu um pouco curta demais, a blusa branca perfeitamente, mas deixei a gravata de lado.Gwen me deu carona até a escola, o silêncio no carro tranquilo. Ela não mencionou nada da noite passada para os nossos pais, e isso era um alívio enorme. Nossa mãe era um pouco maluca com segurança.Quando cheguei, senti os o