POV Liah As dores vinham como facas flamejantes abrindo meu ventre por dentro. Eu gritava, mas o som saía falhado, preso na garganta ressecada pelo medo. Cada contração me fazia querer morrer, apenas para fugir daquela sensação de que meu corpo estava sendo partido ao meio. O quarto estava frio, mas meu corpo queimava em febre. As tochas tremulavam na parede, projetando sombras demoníacas no teto de pedra. Podia ouvir vozes sussurradas, orações antigas, o som da água fervendo, ervas queimando em caldeirões sagrados. — Por favor… por favor, façam parar… — sussurrei, implorando às curandeiras que me cercavam. A velha Maeve pousou as mãos enrugadas sobre meu ventre nu, seus dedos frios como pedra. Seus olhos vazios se encheram de lágrimas silenciosas enquanto murmurava palavras que não compreendi. — O que há de errado com meu filho? — perguntei, a voz falhando em desespero. Maeve não respondeu. Apenas chamou outro curandeiro, um homem alto de túnica negra, rosto marcado por ta
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