DOUGLAS WARD — Foi por isso que ela estava aqui? Porque eles querem que você se case com ela? — perguntou Aurora enquanto caminhava mais para dentro da sala. — Eu tentei te avisar. — sussurrou Ayron. Eu devia estar tão bravo com a ligação repentina da Rebecca que nem percebi que Aurora tinha entrado. — Amor, eu… — Eu não sabia o que dizer, não podia continuar mentindo para ela, eu realmente não sabia o quanto ela ouviu. — Acho que você deveria contar a verdade a ela. Vou sair agora, vamos nos encontrar outra hora. — disse Ayron enquanto se levantava e pegava sua bolsa. Depois, me deu um pequeno aceno de encorajamento antes de oferecer um sorriso para Aurora, embora ela não o tenha retribuído como normalmente fazia. Então, ele saiu silenciosamente do meu escritório, me deixando sozinho com ela. — Eu sabia que algo estava errado, eu simplesmente sabia, mas esperei, torcendo para que você me contasse o que estava acontecendo, mas você mentiu para mim. Tinha a sensação de que ela ve

AURORA SUMMER Estacionei meu carro em frente à casa, mas não consegui sair. Minha mente estava nublada com tantos pensamentos e meu coração cheio de medo, medo do que seria de nós. Não quero perdê-lo, só de pensar nisso meu coração aperta. Suspirei enquanto jogava a cabeça para trás, exausta. Justo quando pensei que finalmente poderia ser feliz, ouço dizer que meu namorado poderia se casar com outra. Finalmente saí do carro, fechei a porta e entrei em casa. Estava bem silencioso, o que significava que todos deviam ter ido dormir. Tirei meus sapatos e caminhei até meu quarto, abri a porta e entrei, fechando-a atrás de mim. — Você cheira a sexo. — ouvi Maju dizer, e parei no meio do caminho e me virei para ela. — Do que você está falando? — perguntei, fingindo inocência, e ela apenas olhou para mim com uma sobrancelha levantada antes de cair na gargalhada. — Vocês fizeram sexo no escritório dele, não é, sua safadinha? — disse ela, rindo. — Como você sabia? Você tem um nariz ex

— O que você está fazendo aqui? — repeti, caso ela não tivesse me ouvido da primeira vez. Em vez de me dar uma resposta, ela apenas me olhou da cabeça aos pés com aquele olhar que eu conhecia. Aquele olhar que ela dava quando queria dizer que eu não era nada comparado a ela e que talvez devesse beijar o chão que ela pisava.— Não sei o que ele vê em uma vadia como você.— Com licença — falei, olhando-a de cima a baixo. — Por favor, saia da minha casa. Não gosto de vadias paradas na minha porta. — acrescentei, e estava prestes a fechar a porta, mas ela entrou.— Você deveria encontrar uma forma de conviver com você mesma, queridinha.— O que há de errado com você? — perguntei, olhando-a com raiva. — Saia da minha casa ou eu chamo a polícia — avisei, mas ela apenas riu.— Vá em frente, chame a polícia para que eu possa contar a eles que você está dormindo com seu chefe, que por acaso é meu noivo. — disse ela, cruzando os braços e olhando para mim.— Você me parece uma prostituta barata

AURORA SUMMEREu estava andando de um lado para o outro enquanto esperava por Douglas, minhas mãos estavam suadas e minha mente pensava no pior.— Você sabia que com esse jeito que você anda de um lado para o outro, está me dando dor de cabeça. — Maju disse com um gemido. — Eu já disse que tudo ficará bem, apenas se acalme. — completou, e eu suspirei antes de ir até o sofá e me sentar com ela, tomando cuidado para não amassar meu vestido.— Estou tentando manter a calma, mas meu coração não para de bater. — falei e, como se quisesse provar meu ponto, coloquei a mão no peito.— Respire, Aurora. — ela disse, enquanto eu respirava fundo. — Ótimo. — disse antes de pegar minha mão e apertar em sinal de encorajamento.— Como estou? — perguntei a ela. Já fiz a mesma pergunta inúmeras vezes. Decidi usar um vestido vermelho na altura do joelho, com mangas de tule. Comprei-o no Natal passado, durante uma liquidação, mas acabei não usando. O Douglas também me enviou um vestido vermelho, mas era

DOUGLAS WARD — Você é louco, Douglas?! Vai abandonar sua família e tudo o que conhece só por causa de uma mulher?! — meu pai perguntou com raiva, e eu zombei enquanto me virava para ele.— Ela não é uma mulher qualquer, ela é a minha felicidade e se eu deixar tudo será pela minha felicidade, porque essa é a única coisa que importa para mim.— Isso é ridículo, Douglas, você consegue se ouvir?! O que você acha disso? — ele perguntou.— Parece o plano perfeito, qualquer coisa que me dê felicidade não me parece ridícula — eu disse.— Você vai se arrepender disso, Douglas, se não parar com essa bobagem. E uma promessa. — disse ele.— Bem, até lá então. — eu disse e, sem lhe lançar mais nenhum olhar, fui embora.Assim que saí de casa, fui atingido pelo ar frio da noite e não consegui evitar fechar os olhos. Eu sabia que as coisas não seriam fáceis, mas não esperava que meu pai chegasse tão longe.Fui até o carro onde Aurora e minha mãe estavam esperando. Aurora estava encostada no carro e