AURORA SUMMER — Não estou no país agora, mas dou um jeito, pego o próximo voo, farei qualquer coisa… por favor, cuide dela para mim, estou indo, por favor... — eu disse enquanto as lágrimas escorriam incontrolavelmente dos meus olhos. Eu estava em pânico. — Eu vou cuidar. Por favor, pare de chorar. Ela vai ficar bem. — disse a voz ao telefone, e eu assenti, incapaz de falar, não era como se ele pudesse me ver. — Ok. — sussurrei antes de encerrar a ligação. Então tentei enxugar as lágrimas que não paravam de cair. Voltei para onde Douglas e sua sócia estavam sentados. O rosto de Douglas se encheu de preocupação e ele se levantou rapidamente assim que o alcancei. — Você estava chorando, Aurora. O que aconteceu? — Vou ter que deixar vocês, tenho que pegar o próximo voo para o Estados Unidos. A Maju sofreu um acidente. Vocês podem continuar com a reunião, eu tenho que voltar, tenho que ter certeza de que ela está bem, eu tenho… — Douglas me interrompeu enquanto sua mão segurava a

AURORA SUMMER — Você sabe que não estou doente pra você estar me mimando assim. — disse a Douglas, que estava sentado ao meu lado enquanto tentava me alimentar. Nos últimos dois dias, ele tem trazido comida preparada especialmente por ele e se certificou de que eu terminasse tudo.— Você não está, mas está se recusando a comer, e eu já disse isso várias vezes. A última coisa que quero é que você fique doente ou perca peso. — disse ele, trazendo outra colherada de canja de galinha. Eu não tive escolha a não ser aceitar.De repente, alguém bateu na porta e Douglas gemeu. Eu ri, porque agora que haveria outra pessoa no quarto, ele teria que agir como meu chefe e não como meu namorado, um papel que ele não gostava nem um pouco de desempenhar.Douglas se levantou para abrir a porta e Dylan entrou.— Oi, Dylan. — cumprimentei-o com um sorriso enquanto ele caminhava em minha direção e se sentava no sofá ao meu lado.— Houve alguma melhora? — ele perguntou, e eu balancei a cabeça. — Maju não

AURORA SUMMER — Não se mova, apenas comece a dirigir. — ele disse, enquanto meus olhos se voltavam para a porta, pensando em abri-la e sair correndo. — Nem pense nisso. Eu disse para você apenas dirigir. — ele repetiu, e eu liguei o carro. — Não faça nada engraçado. Eu juro que você não vai gostar do que eu vou fazer com você. — O que há de errado com você, Ryan? Por que está fazendo isso? — perguntei enquanto continuava dirigindo. Para onde ele queria que eu fosse? — Para onde estamos indo? Para onde você está me levando? — perguntei novamente. — Estamos indo para casa, amor. Onde seremos só você e eu, como nos velhos tempos. Só você e eu. Dirija até minha casa. — ele ordenou, e eu me vi dirigindo até a casa dele. — Isso é loucura, isso é considerado sequestro, Ryan. Você não pode fazer isso comigo. — tento persuadir ele enquanto fazia uma curva. Vi um carro de polícia estacionado na esquina e ele também viu. Pensei em parar e gritar por ajuda, mas o vi tirar algo brilhante

AURORA SUMMER — Isso é loucura, Ryan, por que você faria isso?! — perguntei enquanto exigia meu telefone, mas ele ainda não me deu. — Que parte de você ser minha namorada você não entendeu? Eu não vou deixar você sair desta casa, você não vai voltar para aquele homem! — Gritou com raiva. — De que homem você está falando? — perguntei, mesmo sabendo que ele estava se referindo a Douglas. — Não finja que não sabe de quem estou falando, ele diz ser seu chefe, mas quer mais de você. — disse ele. — Isso não é da sua conta, já terminei com você, Ryan, me dá meu telefone, vou sair desse lugar. — Luto para pegar o telefone dele, mas ele coloca a mão em volta do meu pescoço e um suspiro de medo escapa da minha boca. — Eu tentei ser legal, mas você está me empurrando contra a parede. — No sentido contrário da palavra, foi ele quem me empurrou contra a parede. — Você está me machucando. — consegui dizer, tentando tirar suas mãos do meu pescoço, mas ele apenas o apertou mais. — Você parec

AURORA SUMMER — Meu Deus, você acordou, querida. — minha mãe murmurou entre lágrimas, correndo para o lado de Maju.— Graças a Deus. — meu pai soltou um longo suspiro de alívio, enquanto permanecia imóvel, ainda processando o momento. Eu fiquei do outro lado da cama, observando minha amiga com o coração acelerado.— Água. — a voz dela saiu seca, quase um sussurro. Num impulso, corri para buscar um copo.— Vou chamar o médico. — anunciou meu pai antes de abrir a porta e desaparecer pelo corredor.Mamãe pegou o copo da minha mão e levou o canudo aos lábios de Maju, guiando-a com cuidado. Ela bebeu o quanto pôde, depois se recostou, os olhos confusos percorrendo o quarto.— O que estou fazendo aqui? Quem são vocês?Nos entreolhamos, eu e minha mãe, um frio percorrendo minha espinha. Será que o acidente…?— Como assim, Maju? Somos sua família. Esta é a mamãe e eu sou Aurora, sua melhor amiga, praticamente uma irmã. — minha voz carregava esperança, na tentativa de alcançar a memória dela.