Mil vezes amor. Mil vezes lar.O dia acordou devagar, com a luz filtrando pelas cortinas da sala, como se até o sol tivesse aprendido a respeitar o ritmo calmo da casa.Na cozinha, Allegra mexia o café com uma colher de pau, distraída.Lucca estava no quintal, afinando o violino — ele dizia que a madeira respondia melhor quando tocada ao ar livre. Louis, como sempre, havia conquistado a almofada mais ensolarada da casa.A tranquilidade de Annecy tinha virado mais do que um refúgio.Era um lugar onde a arte não precisava ser urgente.Onde o amor não exigia espetáculo.Onde existir já era tudo.Na mesa, uma carta esperava.Viera com o novo exemplar de Reinvenções, agora traduzido para três idiomas, com uma sobrecapa em papel reciclado e uma frase de Allegra gravada em dourado:“Ficar, quando é por amor, é o maior dos movimentos.”Ela abriu o envelope com dedos calmos.“Querida Allegra,O lançamento foi um sucesso.A Bienal de Florença quer organizar uma exposição com as obras originais
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