NarradorContra a sua vontade, Dora pegou na mão do seu esposo e aproximou-se da sua filha. Deu-lhe um beijo na bochecha e, sussurrando-lhe ao ouvido, disse:«Charlotte, filha, vamos estar lá fora. Se precisares de algo, diz-me e chamo a polícia, por favor.»Charlotte soltou uma pequena gargalhada e beijou a sua mãe de volta.«Claro que não, mãezinha, não te preocupes. Federick não me fará mal, não fisicamente, e quanto ao coração… bem, pergunto-me, que mais poderia ser danificado?»Dora suspirou resignada, angustiada pelo sofrimento da sua filha.«Está bem, meu amor, confio em ti, mas promete-me que, se acontecer algo, vais gritar, entendido?»«Sim, mãe, está bem.»George, mais tranquilo com a situação e com a sua filha a falar com Federick, sorriu-lhe e deu-lhe um beijo.«Amamos-te, filha», lembrou-lhe.Os pais de Charlotte saíram do quarto, e Federick entrou lentamente, visivelmente nervoso. Quando esteve mais perto, as suas bochechas coraram e, com suavidade, acariciou a mão de Ch
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