Capítulo 161 — Você não quer saberNarrador:Aylin o observava pela tela, com a testa ligeiramente franzida. Roman estava com o rosto sereno, até mesmo relaxado, mas ela o conhecia muito bem. Aquele tipo de calma não era real. Era o silêncio que precedia algo sombrio.— Você está diferente — disse ela, com voz baixa, mas firme — Seu rosto, seu tom, o ambiente... tudo. Algo mudou.Roman sustentou o olhar dela e, só depois de mais um segundo, respondeu:—Estou livre, Aylin. Não estou mais na cela, agora estou em prisão domiciliar, o que significa que estou em casa, mas com uma tornozeleira eletrônica. —Ele acendeu a luz, Aylin reconheceu imediatamente o lugar, e ele baixou o celular até o tornozelo e mostrou a ela.Ela piscou.— Como isso é possível, com todas as acusações que você tinha?— Acontece que Miranda está morta.O impacto foi seco. Aylin mal se moveu, mas a expressão em seus olhos mudou completamente. Ela não perguntou como, nem perguntou quando. Apenas olhou para ele, direta

Capítulo 163 — Eu tenho que irNarrador:Sasha ficou ali, parada no meio do jardim, com os punhos cerrados e os olhos fixos na escuridão. Ela não entendia. Não conseguia entender como Eros, que sempre esteve ao seu lado, que cuidava dela, que a olhava com aquela ternura que às vezes a deixava sem fôlego... não podia amá-la como ela o amava.Uma lágrima caiu sem pedir permissão. Depois outra. E outra. Até que ela se sentou na beira da fonte, encolhida, com os joelhos contra o peito e o rosto enterrado nos braços. Chorou em silêncio. Chorou por se sentir estúpida. Por ter se lançado. Por ter acreditado que ele podia sentir o mesmo. Por não saber como apagar aquele fogo, que era novo para ela, desconhecido e que não deveria ter nascido.Sentia que algo se tinha partido dentro dela. E o pior era que, por mais que tentasse culpá-lo, não conseguia. Porque Eros não tinha sido cruel. Apenas... tinha sido honesto. E isso doía ainda mais.Enquanto isso, Eros subiu as escadas sem olhar para ning