Maitê MoreliConsegui escapar do almoço alegando o cansaço da viagem, mas do jantar não teve como fugir. Lá estávamos nós, todos sentados à imensa mesa de jantar. Minha madrinha ficou fazendo companhia para minha mãe que ainda convalescia no bangalô e só conseguiria e podia comer algo leve, uma papinha. Léa, por outro lado, estava extasiada, como se aquilo tudo fosse um sonho de férias luxuosas.O clima já estava pesado, e só não ficou pior porque, ao que parece, Krystal havia decidido não comparecer. Pelo que entendi, depois que Hunter a humilhou na minha frente, ela preferiu sair e passar o dia fora, o que foi um alívio. No entanto, o olhar da senhora Rosalie não deixava dúvidas: ela me culpava, mesmo que em silêncio, pela atitude do filho em relação à irmã. Sua expressão fria deixava claro o desgosto.Mas o pior ainda estava por vir. O verdadeiro desconforto não veio da expressão rígida da senhora Rosalie, mas sim do momento em que vi Edward se aproximando da mesa. Com aquelas norm

Hunter KnoefelEu estava tentando ser o mais tranquilo e cavalheiro possível. Até coloquei um pijama e acredito que a última vez que usei um, foi quando fui para uma colônia de férias, na adolescência, e tive que dormir em um alojamento. Desde então, nunca mais.Não podia deixá-la ir para o bangalô, ainda mais sabendo que Edward iria para lá. Fingi acreditar na história do vento, mas no fundo eu sabia: o verdadeiro problema era o meu “adorável” irmão.O ruim de toda essa situação é que eu não conseguia mais me concentrar na leitura, muito menos dormir. Ela dormia de bruços, e mesmo sob o lençol, suas curvas sinuosas ficavam evidentes. Aquilo estava me enlouquecendo.Levantei tantas vezes para ir ao banheiro mesmo tentando ser silencioso, que em algum momento devo tê-la acordado. Quando saí do banheiro, lá estava ela de pé. O cabelo longo, bagunçado de forma charmosa, caía de lado. O baby doll era comportado, mas o short deixava à mostra suas pernas torneadas, e a camiseta solta deline

Maitê MoreliEntrei na propriedade, subi direto para o quarto e, dessa vez, ele estava lá. Com o rosto tomado pelo ódio e completamente transtornado.— Não vou dizer muita coisa porque não quero escândalos. Já falou com a sua mãe? — perguntou.— Ainda não tive oportunidade. Mas vou conversar com ela mais tarde — respondi, desconfortável, desejando que Edward saísse logo do quarto.— Escuta bem, May. É bom que você converse com ela o quanto antes. Ou eu vou fazer uma desgraça. Faz algumas noites que não durmo… e a culpa é sua.Dessa vez, sua voz carregada de ódio não veio em um rompante. Falou com calma, como se quisesse que cada palavra fosse absorvida por mim como uma verdade absoluta.E isso me deu medo.— Já disse que irei lá mais tarde. Agora, por favor, saia.A leveza que eu sentia minutos antes havia se dissipado. Minha vida tinha virado essa gangorra emocional entre estar na presença de Hunter… e de Edward.Tomei um banho rápido e vesti um vestido leve, branco e simples. Meus c

Maitê MoreliMinha madrinha fez bem em ficar com minha mãe. Assim, era uma pessoa a menos sendo vigiada... e uma chance a mais de escapar dos olhos atentos de Hunter.Os olhos dele, embora me seguissem por todos os cantos, eram suaves. Transmitiam ternura, segurança, carinho. Mas também havia neles uma centelha de luxúria que queimava minha pele e acendia um fogo silencioso no ventre. Eu poderia viver uma vida inteira sob aquele olhar verdejante, se não houvesse outro olhar sobre mim, porém esse maligno.A mansão estava tomada por uma atmosfera vibrante: música eletrônica suave misturava-se com jazz moderno, ecoando pelos salões de mármore e espelhos. Convidados dançavam sob luzes âmbar e douradas. A sofisticação da festa era quase cinematográfica. Mas entre as risadas, brindes e poses para os fotógrafos, eu sentia o olhar de Edward cravado em mim como o de um predador à espreita. Seus olhos eram duros, obsessivos e raivosos. Ele me observava como se fosse a caça que, em breve, não te

Hunter Knoefel A tensão era quase palpável no ar. Eu podia senti-la atravessando os olhares, especialmente o de Edward, que não tirava os olhos de nós. Era um olhar carregado de despeito, ciúmes e raiva. O mais irônico era que todo aquele rancor era culpa dele mesmo, foi Edward quem trouxe Maitê para a minha vida, quem a jogou no meu caminho como uma peça de xadrez. Agora, ele precisava entender: ela permaneceria aqui enquanto eu achasse necessário. Maitê só iria embora quando eu decidisse que ele havia sido punido o suficiente. Mas, para além da minha sede de revanche, havia algo nela... algo que ia além da sua beleza impressionante, além do corpo estonteante e da bunda maravilhosa que tinha. Havia uma doçura atraente, um brilho que me fazia querer tê-la por perto. Mais do que eu estava disposto a admitir. Ariana se aproximou com dois caras. Um deles não disfarçou o desejo ao olhar para Maitê, o que me provocou um impulso irracional: quis arrancar os olhos dele com as mãos. Nunca h