A aldeia da Alcateia Nova, estava em plena atividade. Depois do café da manhã, Lázaro levou Lisandra para um rápido tour pelo local, incluindo o galpão de armamentos, nada parecido com o dos humanos, mas contendo vários materiais para produção de explosivos.— Nós produzimos explosivos, mas não usamos pólvora, só produtos químicos e fogo. — explicou Lazo.— Entendo, são mais para assustar, do que ferir. — respondeu Lisa, examinando cada item arrumado nas prateleiras. — Como aprenderam a montar essas bombas?— Tim quis saber o que tinha na água contaminada e o que ele fazia com alguns aparelhos que chegaram, então foi até a cidade pesquisar. Foi visitar uma empresa de tecnologia e gostaram tanto dele, que lhe ofereceram um curso.— Então, o Alfa de vocês estudou?— Sim, ciências exatas. Também fez um curso sobre produtos químicos usados na água para controlar pessoas. — Você diz como o flúor que colocam na água dos humanos e alguns acham que era para controle mental?— Algo assim. No

Logo, o local estava repleto pelos membros da Alcateia e o mago chegou. Havia preparado um espetáculo especial para aquele momento, não queria que ninguém se assanhasse e tentasse algo contra ele ou contra o Alfa.Usando o microfone ligado a uma pequena caixa de som com amplificador, pendurado em seu corpo, ele falou para o povo: — Hoje teremos uma decisão importante, Sila desafiou aquela que o Alfa Júlio reconheceu como sua companheira, e ambas lutarão para ficar com o Alfa. Para que não haja nenhuma desordem, vocês serão vigiados pela circunferência de luz. O povo se encolheu, amedrontado, sabiam o que a esfera fazia e não queriam morrer eletrocutados ou o que era pior, ficar paralizado, babando e ser jogado no poço das moreias. Alguns até reclamaram, pedindo misericórdia, mas não adiantou.Esse era o sinal para Gil ligar a traquitana de eletricidade deles, ele correu até a caverna e acionou o gerador, que enviou, imediatamente, toda a eletricidade acumulada para o distribuidor e

Infelizmente, para ele, não demorou 2 minutos e caiu apagado no chão. Clara enviou a mensagem para o Alfa Timóteo, avisando que o serviço estava feito. Dois lobos enormes pularam pela janela, pousando na sacada e voltaram a forma humana entrando no quarto e arrastando o corpo desacordado de Júlio.Quando saíram pela janela levando o corpo, Timóteo pulou e substituiu-o. Foi ao banheiro do corredor, tomou um banho rápido e vestiu o roupão do outro, voltando ao quarto com os cabelos molhados. Lisandra saiu do banheiro e notou o alfa de roupão e cabelo pingando, percebeu que ele estava preparado para algo mais, porém, seus sentidos e sua loba, perceberam outra coisa: — MEU! — MINHA!Os dois disseram ao mesmo tempo e ela espantou-se. — É o nosso companheiro, eu reconheço o lobo dele e ele me reconhece. Como pode ser isso se a alguns minutos atrás, nós não o queríamos? — questionou Safira.— Também estranhei, mas a ligação é muito forte, o chamado do companheiro está me levando até ele

Merlin estava saindo para procurar Gil, quando avistou os dois descendo e sorriu satisfeito.— Que visão maravilhosa, vocês dois estão lindos e parecem muito felizes. Você está bem diferente Júlio, o acasalamento lhe fez bem. — Obrigado, Merlin. Sinto não poder dizer o mesmo de você, parece que continua envelhecendo, a lua cheia está próxima, que tal eu te morder e você se tornar um de nós? Merlin ficou parado sem saber o que dizer, tudo o que queria era ter vida eterna, mas ao mesmo tempo, tinha medo.— Ele já está bem avançado em idade, será que seu corpo aguentará a transformação? — perguntou Lisa, implicando com o mago. — Se ele não passar pela transformação, não resistirá muito tempo e perecerá por velhice.Merlin recuperou o censo e olhando para os dois, reclamou: — Porque estão falando de coisas tão mórbidas em um dia de felicidade? Vão tomar o café da manhã, que eu vou procurar por Gil, desde ontem ele está sumido. — Sim, mestre! — respondeu Timóteo, zombeteiro, e levou s

Merlin chegou à entrada da caverna, apoiou a mão na rocha, descansando o corpo e respirando com dificuldade. Não gostou de ouvir o Alfa falando que ele estava envelhecendo, mas era uma verdade e Gil também estava certo quanto a sua vitalidade. Depois de respirar profundamente várias vezes, abriu a porta e entrou, encontrando o local vazio. Seguiu para a outra área, abriu a porta que dava para a sala onde estava o distribuidor da eletricidade e encontrou Gil caído no chão. Abaixou-se para verificar sua pulsação e embora estivesse muito fraca, ele ainda estava vivo. Virou-o de barriga para cima e encontrando um rolo de estopa, colocou-o debaixo de sua nuca. Depois, chamou-o e deu batidinhas em seu rosto, não encontrando resposta. Saiu novamente da caverna e procurou por um guarda, encontrou a distância, um que andava despreocupado e chamou-o.— Hei, você, preciso de ajuda e de água. O macho olhou para seu colega e foi até o mago ver o que ele precisava. — Pois não, mago, do que pre