(Mais cedo, na T.T. Fashion House…)Luisa deixou escapar um suspiro horrorizado, com os olhos arregalados de descrença enquanto encarava o desastre diante delas.— Meu Deus... Thalassa, eles destruíram os vestidos. Eles destruíram os vestidos! O que vamos fazer? — Desesperada, murmurou sem parar, com o pânico estampado no semblante pálido, enquanto apontava o óbvio. — Sem esses vestidos, não podemos competir no evento!As costureiras que estavam por perto murmuraram em desespero, e uma delas, Marta, que havia passado horas bordando à mão os detalhes no vestido que deveria ser usado por Thalassa, soltou um pequeno soluço.— Quem poderia fazer uma coisa dessas conosco? Todo o nosso trabalho... Foi por água abaixo.Thalassa permaneceu imóvel, e seu rosto se manteve calmo apesar da fúria que fervia logo abaixo da superfície. Seus olhos analisavam cada costura rasgada e cada tecido arruinado, e mesmo já suspeitando que isso aconteceria, vê-lo com os próprios olhos ainda fez seu sangue ferve

As palavras de Luisa atingiram Kris como uma bola de gelo esmagadora. Por vários segundos, ele permaneceu imóvel, com a mente em colapso, incapaz de processar plenamente a acusação que acabara de ser lançada contra ele.Quando finalmente recobrou os sentidos, seus olhos arregalados se moveram de Luisa para Thalassa.— Do que ela... Do que ela está falando, Thalassa?Thalassa não respondeu, mantendo a frieza no olhar. Luisa, por sua vez, foi quem falou:— Nem tente negar, Kris. Carmen nos contou tudo! Ela nos disse como você a procurou e lhe ofereceu um milhão de reais para invadir a empresa à noite e destruir todo o nosso trabalho!— Carmen? — A voz de Kris se elevou em descrença. — Quem diabos é Carmen? Nunca vi nenhuma das suas modelos, e com certeza jamais pediria a alguém para fazer uma coisa dessas. O que há de errado com vocês?Ele voltou o olhar suplicante para Thalassa.— Las... Thalassa, por favor, diga que não levou a sério nada do que essa tal Carmen contou a você. Você não

— Outra garrafa… — Com a voz abafada pelo som do bar, Kris deixou escapar um murmúrio quase imperceptível.— É para já, senhor. — Respondeu o barman, assentindo rapidamente.Assim que a garrafa gelada alcançou suas mãos, deslizando pelo balcão, Kris deu um trago profundo, bebendo o quanto pôde até sentir a garganta arder com o gás e ser forçado a cessar.— Eu sabia que te encontraria aqui. — Disse uma voz familiar atrás dele, assim que ele pousou a garrafa.— Quase desisti de procurar quando não te vi no camarote VIP — Admitiu Alden, acomodando-se no banco ao lado de Kris.Ao notar a garrafa de cerveja diante dele, Alden sentiu um alívio imediato, contente por não ser uísque ou conhaque. Então, fez um sinal para o barman.— Uma garrafa para mim também!Kris ergueu a cerveja novamente e deu outro gole, fazendo Alden estremecer em simpatia ao imaginar como aquilo descia queimando pela garganta. Mas sabia que o amigo precisava daquilo.— Fiquei sabendo a respeito do ocorrido no evento...

— O que declarei no palco não foi da boca para fora. Este prêmio não é apenas meu, mas de todos nós, já que trabalhamos juntos como uma equipe. Nada teria sido possível sem vocês. — Declarou Thalassa à reunião de funcionários da TT Fashion House, na manhã seguinte.— E como mencionei, preparem-se para um aumento no salário de cada um, porque vocês merecem. — Completou Luisa, de pé ao lado de Thalassa, aumentando ainda mais a empolgação de todos os presentes.— Obrigada, Luisa e Lassa. Vocês são as melhores chefes do mundo! — Disse uma das funcionárias, recebendo um eco de concordância das demais.— Por favor, não deixem que o erro da Carmen afete vocês. Nós nunca seríamos capazes de tomar uma atitude dessas. — Assegurou outra.O sorriso de Thalassa vacilou levemente.— Espero que sim.Ela tinha consciência de que não podia se iludir a ponto de acreditar que jamais seria traída. Ainda assim, parecia-lhe inconcebível que Carmen tivesse se deixado corromper por simples um suborno.— Obrig

Ao voltar para a mesa, Kris pegou o celular, que quase esquecera em sua pressa anterior de ir atrás de Thalassa.— Quem você está ligando? — Alden perguntou, vendo Kris digitar rapidamente.Kris não respondeu, apenas discou um número e levou o aparelho ao ouvido, tamborilando os dedos impacientemente sobre a mesa enquanto esperava Smoke atender.Quando finalmente ouviu a voz do homem, Kris rosnou:— Solicitei o relatório sobre o Clark Morgan com urgência, e, ainda assim, cinco dias já passaram!Do outro lado da linha, Smoke pigarreou.— Perdoe-me, Sr. Miller, mas meus contatos no exterior tiveram dificuldades em levantar informações sobre Morgan.As narinas de Kris se dilataram.— Então você não tem nada ainda?— Não, tenho sim… — Smoke apressou-se em esclarecer. — Só estou tentando explicar que…— E o que está esperando, então? Que eu estenda um tapete vermelho antes de vir me entregar as informações?— Não, senhor. Na verdade, estou a caminho do seu escritório agora. Chegarei em pouc