Despertei confuso, não identificando onde estava. Virei para o lado e deparei-me com Isadora deitada ao meu lado, na penumbra. Ela dormia. E eu... toquei-me percebendo estar de roupa. Até o meu sapato estava nos pés enquanto repousava sobre a cama dela.Olhei no relógio e já era nove da noite. Levantei com cuidado para não acordá-la e saí dali, indo para o meu carro.Eu precisava falar com Isabelle e saber o que de fato tinha acontecido naquela sala. E sabia o quanto estava fodido. Ela arrancaria meu coração e o comeria com mostarda e catchup, não dividindo com ninguém, porque era uma louca por comida.Fui para a Nebula. À noite não havia tantas pessoas que trabalhavam, porque o pessoal também precisava descansar. Na maioria das vezes faziam aquilo quando Isabelle obrigava-os, sempre justificando que não queria funcionários com bournout. E sim, ela tinha feito questão de me explicar o que era aquela porra, da qual precisaríamos, segundo ela, sempre proteger nossos desenvolvedores.- O

POV ISABELLE- Bom dia, Malware’s! – alisei minha barriga quando acordei, espreguiçando-me.Era bom tê-los ali comigo, consumindo meus recursos. A única coisa ruim é que davam uma fome do caralho!Tomei meu banho, vesti uma roupa e pus meu All Star. Passei uma escova nos cabelos e saí com eles úmidos. Quando abri a porta do quarto, Jorel caiu para dentro.Nossos olhos se encontraram e senti um frio percorrer minha barriga. Que porra ele fazia ali?- Oi! – ele disse com seriedade, as olheiras evidentes, o hálito alcoólico invadindo minhas narinas, dando-me enjoo.Estreitei os olhos e passei por cima dele, fingindo que não existia. Eu não tinha nada para conversar com aquele “ser”.- Isa, eu passei a noite aqui!Coitado! E eu dormindo plenamente! O médico tinha me dado medicamentos para dor e ansiedade para que eu pudesse ter

- Isto é... incrível! – um dos desenvolvedores comemorou. - Os malwares? – perguntei. - Malwares? – ele questionou, franzindo a testa, confuso. - Ela chama os bebês assim! – Jorel explicou. - Ah... eu... estava falando de você e Jorel... terem compilado dois bebês. - Isto não foi planejado – deixei claro – se eu pudesse escolher alguém para ser pai dos filhos que eu nunca almejei, jamais teria sido ele. Dizendo aquilo peguei Ulric pelo braço, levando-o para o corredor. Tudo que eu queria era sair dali. Respirar o mesmo ar que Jorel me dava enjoo. - Você tem um carro? – perguntei para Ulric. - Não... eu tenho uma moto. - Ótimo! Me leve daqui... preciso pegar um ar fresco. E conversar com você em particular. - Isabelle, não se atreva! – Jorel gritou quando me viu subir na moto. Sorri com desdém e quando Ulric acelerou mostrei o dedo do meio para ele. Ulric era habilidoso na condução da moto. E eu gostava de aventuras, mas temi pelos malwares, já que a cada curva me dava um fr

- Chamar a atenção de Jorel? – eu ri, com escárnio – Eu não preciso fazer isto! Jorel é insignificante para mim.- Ele não era seu melhor amigo? – Rita questionou.- “Era”! Exatamente no tempo passado.- O que mudou?- Além do fato de ele ter engravidado ela e estar de casamento marcado com outra? – Olívia riu, tentando explicar o que Rita certamente já sabia.- Sinceramente não quero discutir sobre a minha relação com Jorel. – Deixei claro, tentando encerrar a conversa.- Relação? – Rita franziu a testa – Me diga que “relação” você tem com aquele idiota além de deixá-lo comê-la e não usar proteção?- Eu estava bêbada!- Bela desculpa! – Olívia suspirou – A mais usada por pessoas que fazem merdas e não querem assumir seus atos.- Ei, o que vocês querem de mim?- Eu quero que você não descumpra as ordens dadas por Gabe.- Ele não manda em mim.- Você está sob nossa tutela.- Eu tenho 19 anos! Ninguém é responsável por meus atos além de mim mesma.- Caralho, você não entende que estão t