Chiara narrando Eu confesso que fiquei triste por ouvir isso vindo dele, mas não posso dizer que fiquei surpresa, pois eu já imaginava que isso iria acontecer. A minha vida toda eu sofri bullying, essa não vai ser a primeira vez que fico triste, mas confesso que vindo dele doeu um pouco mais. Esse é mais um motivo para eu não deixar ele mandar em mim, ele não é o meu dono e eu não vou deixar ele ficar me humilhando. - Não precisa se preocupar Sr. Boticelli, eu posso ser uma “garota”, mas eu sei o meu lugar. - eu falo firme e tentando puxar o meu braço da suas mãos. Ele segura o meu braço com mais força e me encara fixo com o seu olhar frio e penetrante. Eu tento disfarçar e desvio o meu olhar do dele. Eu sou salva mais uma vez pelo telefone dele que começa a tocar e ele é obrigado a me soltar. Eu aproveito a deixa e saio rápido do seu escritório, voltando para o meu quarto. O Renzo consegue me irritar, como eu posso me sentir tão vulnerável na presença?! Eu não posso mais dei

Chiara narrando Eu finalmente consegui parar de chorar, mas me sinto horrível, me sinto um lixo completo. A Maria me ajuda com o banho, eu fico um bom tempo dentro da banheira me esfregando como se estivesse suja. - Menina, por favor não faça isso, você vai se machucar.- ela fala preocupada. - Eu estou suja Maria. - eu falo meio que em transe. Parece que eu ainda estou vivendo aquele momento, parece que eu ainda sinto as mãos daquele homem em mim. - Chiara, você não esta suja. - a ela fala tentando me convencer. Ela tira a bucha da minha mão e eu olho brava para ela, mas sou surpreendida quando vejo o Renzo com a bucha na mão. - Você não está suja, Chiara. Aquele bastardo filho da puta não tocou em você, agora venha comigo. - ele fala me estendendo a mão. Eu olho para ele feliz de vê-lo aqui, mas ao mesmo tempo triste por saber que ele não vai me perdoar depois do que aconteceu hoje. - Eu não posso… eu… Renzo… - eu começo a falar e caio no choro novamente. Ele se ajoelha a

Chiara narrando Eu confesso que estou gostando de ter o Renzo perto de mim, mas eu não sei se isso vai ser bom para mim. Ele não quer nada sério e sempre faz questão de esfregar o contrato na minha cara. Ele entra no meu quarto pela terceira vez sem bater e eu olho seria para ele. Eu sei que essa casa é dele, mas ele deveria ter um pouco mais de respeito e consideração pela privacidade alheia. Na segunda vez que ele entrou aqui sem bater, ele me pegou em uma posição constrangedora e eu fiquei com vergonha. Hoje eu vou deixar passar por que foi eu que pedi para ele ficar aqui comigo e dormir aqui, mas da próxima vez eu vou pedir para ele bater antes de entrar. - O que você está assistindo? - ele pergunta sentando na cama. - Uma série turca. - eu falo me ajeitando para deitar. - Fala sobre o que? - ele me questiona de novo e também se ajeita para deixar na cama. Eu explico para ele a história resumida e ele torce o nariz, mas não fala nada. Ele fica deitado ao meu lado com um b

Chiara narrando O Renzo e eu ficamos em silêncio tomando o nosso café da manhã, até que ele resolveu puxar assunto. - O que você sabe fazer? - ele pergunta sem rodeios. Eu olho para ele confusa, eu entendo a sua pergunta, mas não entendi o por que ele quer saber disso. - Muitas coisas, por que?! - eu o respondo e ele desvia o seu olhar. - Curiosidade. - ele fala tomando o seu café preto. - Eu não tenho nenhuma formação, tive que largar a faculdade para cuidar da Aurora e trabalhar, mas eu aprendi fazer muitas coisas. - eu me explico e ele me olha atentamente. - Você tem vontade de voltar a estudar? - ele me questiona e eu fico confusa. - Eu nunca parei para pensar sobre isso. - eu falo olhando para o meu copo de suco. Realmente eu nunca pensei sobre isso, pois desde que os meus pais faleceram eu só me importei em cuidar da Aurora. A nossa vida ficou muito difícil sem os nossos pais e como eu tive que começar a trabalhar para nos sustentar, eu tive que tirar essa ideia de es

Chiara narrando Eu não sei o que deu no Renzo hoje, ele está agindo muito estranho. Ele fez questão de me trazer até o hospital, pagou pela cirurgia da Aurora e quando me levou para conhecer o seu avô fez todo um teatro.Quem visse as atitudes possessivas dele, me abraçando, segurando as minhas mãos para o avô dele não me tocar e o pior foi ele dizer que eu sou a noiva dele.Eu tenho certeza absoluta que isso não estava no contrato que assinamos, pelo contrário, eu me lembro muito bem de ter uma cláusula onde não poderíamos nos aproximar.Pensando melhor agora, nós dois já quebramos várias cláusulas desse contrato e eu nem quero pensar no que ele vai fazer quando se der conta disso.Eu tive que sair do quarto do Sr Giusepe senão eu iria ter um infarto de tanta vergonha, ele nos cobrou bisnetos e eu me sinto constrangida, pois tudo não passava de mentiras e de uma encenação do neto dele.Essa é a única explicação plausível para as atitudes do Renzo de hoje, ele quis fazer todo esse t