Capítulo 32Alana entrou no restaurante, ajeitando discretamente os cabelos e respirando fundo, tentando manter a compostura. Enquanto isso, Théo segurou firme o braço de Leonardo, fazendo-o parar antes de atravessar a porta.— Quem você realmente é? — perguntou Théo, com o olhar estreito e desconfiado.Leonardo franziu a testa, fingindo não entender.— Do que está falando?Théo aproximou o rosto, a voz firme e baixa:— Você foi muito ágil. Muito preciso. Não é qualquer civil que reage daquele jeito.Leonardo manteve o olhar calmo.— Só fiz o que precisava. Eu protegi ela.Théo não respondeu de imediato, apenas analisou cada movimento, cada microexpressão. Por fim, soltou lentamente o braço dele, mas o olhar continuou atento:— Vou descobrir.Leonardo apenas assentiu, passando por ele e entrando no restaurante, encontrou Alana já à mesa, sorrindo ao vê-lo se aproximar.***Mais tarde, na empresa, Alana e Leonardo estavam novamente concentrados no trabalho, revisando contratos e organi

Capítulo 34Théo viu Leonardo saindo pela porta de vidro com uma loira jovem, bonita e franziu a testa, observando com atenção cada movimento deles. Viu quando Leonardo fez sinal para um táxi, ajudou a moça a entrar e, logo em seguida, caminhou tranquilamente até seu próprio carro, onde entrou e partiu sem pressa.Os olhos de Théo continuaram atentos, analisando, desconfiado.Foi então que percebeu Alana saindo do prédio, com o olhar perdido. Théo ajeitou o paletó e a acompanhou de perto, mantendo uma distância respeitosa, como sempre fazia, mas pronto para intervir se necessário.Alana não percebeu a presença dele; parecia absorta em seus próprios pensamentos, o maxilar tenso, a respiração presa. Assim que entrou na limusine, Théo sinalizou discretamente para o motorista e foi para o banco da frente, mantendo-se alerta.No banco traseiro, Alana soltou o ar com força, recostando-se no estofado macio, apertando a bolsa entre os dedos como se aquilo pudesse lhe dar alguma segurança.Res

Capítulo 36Alana inclinou levemente a cabeça, como quem analisa uma peça fora do lugar, e então, com a voz fria, mas perfeitamente controlada, disse:— Espero que a conversa esteja sendo produtiva.As duas recepcionistas ficaram imóveis, com os rostos pálidos. A que havia falado mais tentou forçar um sorriso, mas a voz saiu fraca:— N-nós… só estávamos comentando…Alana deu um passo à frente, fazendo questão de manter o olhar firme em ambas:— Comentando sobre a vida alheia… ou sobre colegas de trabalho?As duas se entreolharam, sem conseguir responder.— Na minha empresa — continuou Alana, a voz suave e cortante como lâmina —, não tolero fofocas, muito menos julgamentos rasteiros.Respirou fundo, como quem pondera o quão duro será o próximo golpe, e completou:— Se sobra tempo para isso, talvez estejam com pouca função. Querem que eu resolva?— Não! — disseram as duas quase ao mesmo tempo, recuando um passo.Alana manteve o olhar por mais alguns segundos, até que soltou um pequeno s

Capítulo 38Alana parou o carro e piscou várias vezes, confusa, olhando para o lugar. Era uma rua simples, cheia de casas antigas, algumas desgastadas pelo tempo. Ela conferiu o número no visor do celular e depois na placa torta da fachada. Sim… era ali.Engoliu seco, desligou o motor e desceu do carro, ajeitando o blazer com as mãos ainda trêmulas. Olhou novamente o número, como se pudesse estar enganada, mas não estava.Olhando ao redor, viu algumas pessoas andando pela calçada, moradores de rua reunidos na esquina, alguns a observando com curiosidade. Inspirou fundo, criando coragem, e entrou pelo portão enferrujado.O lugar parecia ser uma espécie de abrigo ou centro comunitário, com paredes pálidas e um leve cheiro de desinfetante misturado a café velho. No salão, várias pessoas sentadas, conversando, crianças brincando num canto, enquanto uma senhora arrumava algumas caixas.Alana se aproximou da senhora, ainda hesitante.— Por favor… Leonardo Vicente está aqui? — perguntou, com

Capítulo 40Alana soltou um suspiro pesaroso e começou a se vestir, pegando cada peça com um certo desalento. Enquanto ajeitava o vestido, olhou de relance para ele, ainda nu na cama, com aquele sorriso preguiçoso e irresistível. Teve vontade de largar tudo e se jogar novamente nos braços dele, mas sabia que, naquela noite, não podia ficar.Aproximou-se, um pouco sem jeito, sentindo vergonha de tudo o que havia pensado dele durante o dia: as desconfianças, o ciúmes…— Eu… — começou, sem saber ao certo como se explicar.Mas ele se levantou, caminhou até ela, segurou suavemente o rosto dela entre as mãos e interrompeu:— Não diga mais nada, amor. — Sorriu com ternura e, olhando fundo nos olhos dela, completou: — Quero convidar você para um passeio no sábado.Alana franziu levemente a testa, curiosa:— Passeio? Onde?Ele sorriu ainda mais, os olhos brilhando:— Vamos conhecer o meu sobrinho recém-nascido. Minha irmã, Manu, vai amar saber que finalmente estou namorando.Ela arregalou um p