Henrique saí do carro já atirando na direção dos inimigos, sempre foi muito bom de mira e rapidamente derrubou quatro deles. Contornando o carro ele podia ver seus homens abatendo os demais, logo viu mais carros aproximando e não sabia dizer se eram dos seus ou se eram inimigos. Mario se aproximou com duas metralhadoras e entregou uma a Henrique que rapidamente a pegou e logo viu um homem atirando na direção deles. Ele pulou para o lado e rapidamente mirou no homem o apertando em cheio na cabeça.Ele não tinha piedade e não precisava ter, não quando isso ameaçava a vida dos seus.Os tiros cessaram e eles ainda observavam os carros que chegaram, mas ninguém havia descido deles. Os trovões estavam mais fortes e a chuva parecia ter piorado dificultando a visão de Henrique que estava vidrado olhando os carros. A porta do carro de Henrique abre e ele vê Lena saindo.— LENA, ENTRA PORRA.Lena o viu se levantando e tudo aconteceu numa fração de segundos. Vários homens desciam dos carros cheg

Henrique estava deitado na cama chorando sobre o corpo de Lena, a dor o consumia de uma forma que ele nunca imaginou sentir. O médico entra no quarto acompanhado do tanatopraxista para preparar o corpo de Lena.Henrique os olhou e desceu da cama passando as mãos no rosto para limpar as lágrimas, ele respirou fundo, sabendo que precisava se recompor antes de sair daquele maldito quarto.— Senhor, preciso pedir por gentileza que saia para que eu possa prepará-la, não é algo que o senhor precise presenciar. — O profissional disse com cautela. Henrique podia notar o medo em seus olhos, o médico que o acompanhava tinha o mesmo olhar. Sem forças para nada apenas assentiu com a cabeça e saiu do quarto.No corredor deu de cara com Felippo que falava ao telefone andando de um lado para o outro. Henrique passou por ele de cabeça baixa, andando vagarosamente com as mãos no bolso da calça, sentia uma agonia tão grande e um nó na garganta que o incomodava. Ele já havia enterrado muita gente, era

Três meses passam e as notícias que rolavam na tv era sobre o atentado que o grande empresário Henrique Marichelli havia sofrido e levado sua tão jovem esposa a morte e o sumiço do empresário.Depois o enterro de Lena, Henrique se recusou a ir para casa, se enfiou em uma das suas boates e estava se afogando em bebidas, sabia que tinha o Martim, mas não conseguia voltar e não ter a presença de Lena naquela casa.Após dez dias de muita bebedeira Felippo liga para Gael que não pôde comparecer ao enterro por causa do seu curso de Chef.— Oi Felippo.— Preciso da sua ajuda.— Precisa da minha ajuda? Porque precisaria? — Gael pergunta confuso.— É o Henrique, ele continua na mesma. Ainda não foi para casa, não saí de dentro da boate, está bebendo muito, eu preciso da sua ajuda para tirar ele dessa. Eu já tentei de tudo.Gael respirou fundo e ficou quieto por uns segundos.— Vou ver o que posso fazer aqui.Felippo desliga a ligação com Gael e se vira olhando para Henrique largado no sofá do

Henrique se dedicava dia após dia em cuidar de Martim com a ajuda de Nana, e resolver problemas da empresa. Na maioria dos dias ele fazia isso em sua casa, tinha mandado colocar um berço no escritório para ficar com Martim enquanto trabalhava. Henrique encontrou forças para continuar através de seu pequeno dos olhos azuis piscina iguais os de Lena.Um grande problema havia acontecido na empresa e Henrique foi obrigado a sair de casa para ir resolver. Já faziam cinco meses desde o acontecido e desde que ele pisou em sua mansão resgatado por Gael e Felippo ele não havia saído mais, deixando Felippo cuidar das coisas da máfia sob suas ordens.Ele chega na empresa e se depara com o caos, repórteres na porta o cercavam e ele os olhava sério, passando por eles sem dizer ao menos uma palavra.Assim que chegou em sua sala Felippo discutia com um dos sócios de Henrique e ele bateu à porta chamando a atenção dos dois.— Posso saber o motivo dessa baderna?— Eu que quero saber. Chego de viajem e

— Conhece esse homem? — Bernardo pergunta ainda mostrando a foto para Henrique.— Não.— Porque você e a senhora Lena Castelanno Marichelli brigaram?— Porque ela saiu deixando nosso filho de dois meses em casa e estava bêbada.Bernardo olhava o analisando pela resposta.— Sr. Marichelli, então o casamento de vocês não ia bem?— Essa pergunta não tem relevância para o caso. — Dr. Miller mais uma vez interrompe.— Então vou ser mais direto, não temos provas nem indícios que provem que vocês foram atacados, não temos ficha do hospital e todos negam sua presença lá naquela noite. — Ele cruza os braços na frente do corpo. — O que quero dizer com tudo isso Sr. Marichelli, é que tudo aponta que o senhor descobriu a traição e por isso discutiram no clube, então por raiva o senhor a matou e escondeu os rastros.— Eu não a matei, eu a amava e não sabia dessa traição até hoje. — Ele diz apontando para a foto na mesa.— O meu cliente já disse tudo o que tinha para dizer.— Por hora sim, temos u