DANTE KINGSTON Eu estava no meio de uma teleconferência quando meu telefone tocou. — Oi. — Irmão, você está ocupado demais para sua irmãzinha favorita? Sorri. Era sempre bom ouvir a voz dela. — Não, só estou terminando uma teleconferência. Nunca poderia estar ocupado para você. Por quê? Precisa de mim para alguma coisa? — Sim, preciso de uma fogueira e um tempo aconchegante em família. Este bebê vai chegar em breve e preciso que toda a minha família esteja aqui para isso. Às vezes, penso que ela ainda é uma criança, mesmo quando vai ter um filho. — Você vem, certo? — Sim, eu estarei lá. Mas não estarei sozinho — informei. — Mal posso esperar para conhecê-la. O Aiden estava me contando sobre a sua namorada. Acho que devemos dar-lhe as boas-vindas à família. E qual seria uma ocasião melhor do que uma fogueira? — Acho que é uma boa ideia. Vou falar com ela. Vejo vocês à noite, ok? — Tudo bem, vejo vocês à noite. Não se esqueça disso. Coloquei o telefone no gancho e voltei

DANTE KINGSTON A manhã chegou antes do que eu esperava. Mas desta vez, foi uma manhã linda, porque hoje ela está comigo, ao meu lado. Ainda me pergunto se é apenas um sonho, uma ilusão que logo acabará, e então me encontrarei sozinho. Cobri-a com um edredom e saí apreciando a vista. Hoje é o dia do casamento da Emily e vou precisar de uma assistente pessoal temporária quando ela sair em lua de mel. Meu telefone tocou e eu atendi. — Fala. — É assim que você fala com sua irmã? — ela perguntou. — Eu não queria... — Dante, você não me ama mais, não é? Agora que você tem alguém na sua vida, esqueceu que era você quem costumava me acordar todos os dias. Agora você nem se importa comigo. Você ainda está aqui, esqueceu completamente da sua irmã. O telefone ficou mudo. O que deu nessa mulher? Pouco depois, era o Aiden quem estava falando comigo. — Você a fez chorar. Agora me sinto mal. Sei que, depois do Aiden, passo pouco tempo com ela. — Eu não queria, posso compensá-la? — pergu

DANTE KINGSTON Caminhei em direção à minha mãe, claramente incomodado com a discussão com Marina, mas não iria me aprofundar nesse assunto agora. — Mãe, que surpresa agradável! Pensei que você não viria. — Eu estava me perguntando se você gostaria da surpresa, especialmente quando Ivy me disse que você tinha companhia, e então eu a vi — ela disse com desgosto. — O nome dela é Marina, mãe. E ela é... — ...outro motivo pelo qual eu fui embora. — O quê? Você deve estar brincando, mãe. — Sim, Dante, é duro, eu sei. Mas receio que seja apenas a verdade. — ela me disse. — Mãe, só porque parece, não é a única verdade. Você não a conhece como eu. — argumentei. — Sim, filho, eu sei. Eu a vi desde pequena. Eu a conheço de dentro pra fora. É por isso que estou lhe dizendo, filho: essa garota não é nada boa. — disse num tom de advertência. Mas, de alguma forma, eu acreditava que Marina não era como minha mãe queria retratá-la. — Mãe, ela não é assim. Acredite em mim. O que ela foi

DANTE KINGSTON Marina me olhava com raiva enquanto caminhava em minha direção com o vestido que eu havia escolhido para ela. Mesmo assim estava linda. — Você não parece feliz, querida. Tem algo errado? — Sim, tudo está errado e, infelizmente, tudo o que está errado está associado a você. — ela reclamou desviando o olhar para o vestido. — Calma, amor, não vamos discutir sobre isso. Diga-me o que te incomoda e eu farei o meu melhor para resolver o seu problema. — Garanti a ela. Apesar de que se o problema for a minha presença então será impossível resolver. — Meu problema é que este vestido me faz parecer uma Barbie, e eu odeio isso. — ela respondeu bufando em seguida. — Isso não é um problema, amor. Eu acho que você está ótima. — Disfarcei porque esse também é um problema sem solução agora. Então, mostrei-lhe o relógio. — Oh, olhe para a hora, como o tempo voa quando estamos brigando. Achei bastante divertida nossa interação, minha querida, mas receio que suas perguntas e recla

DANTE KINGSTON Thomás entrou no carro com minha mãe, minha irmã e, surpreendentemente, a Srta. Morgan. Emily ainda estava agarrada a mim como um coala. Thomás se aproximou e me abraçou. — É bom ver você vivo e bem, irmão. Desculpe, eu queria ter feito alguma coisa. — sorri. — Era meu dever Thomás, não o seu. Você já fez muito para mantê-la feliz. Era tudo o que eu queria que fizesse. — Queridinha, ele está pronto para ir pra casa. Vamos, desça do colo dele ou pode acabar machucando o Dante. — disse Marina com um tom bem debochado. Emily olhou para mim. — Você vai ficar bem sozinho, certo, Dante? — Sim, vou ficar. Olhei para Ivy. — Pode me dar meu telefone? — Aqui. — disse a Srta. Morgan, me entregando o aparelho. — Senhor. — É bom que você já esteja aprendendo boas maneiras, Srta. Morgan. Tenha uma viagem de férias prolongada Emily. Bora Bora, depois Grécia, e por fim Paris. Emily olhou para mim, balançando a cabeça. — Comporte-se, Sr. Kingston. Ou eu o fa