Capítulo 21A música continuava a tocar. Maria sentiu os lábios de Alexandre pressionando os seus com uma doçura que a fez tremer. Seus dedos se entrelaçaram nos cabelos dele, puxando-o mais perto.Ele respondeu com um gemido baixo, profundo, e suas mãos deslizaram pelo corpo dela, explorando cada curva. O cobertor que os cobria caiu aos poucos, deixando apenas o calor dos dois corpos se tocando. - Tem certeza? - Alexandre perguntou, afastando-se apenas o suficiente para olhar em seus olhos. Maria não respondeu com palavras. Em vez disso, puxou-o novamente para mais um beijo, um mais intenso, mais urgente. Suas mãos desceram pelo peito dele, sentindo os músculos tensos sob a camisa. Alexandre não resistiu. Com movimentos lentos, tirou a blusa dela, expondo sua pele ao toque do ar frio da noite.Um arrepio percorreu seu corpo, e seus mamilos se enrijeceram. Mas o frio logo se dissipou quando suas mãos a percorreram, deixando rastros de fogo por onde passavam. Ele a beijou no pescoço

Capítulo 23Após o almoço, a casa foi voltando ao seu silêncio natural. Os rapazes voltaram ao trabalho, Elza se recolheu para cuidar da sobrinha com o dedo enfaixado, e Alexandre subiu com Maria para o quarto sob o pretexto de descansarem um pouco.Assim que entraram, ele fechou a porta devagar e se aproximou por trás, envolvendo-a pela cintura. Maria se virou e o encarou com aquele olhar doce, curioso, como se ainda estivesse descobrindo tudo, inclusive o que sentia por ele.— Gostei de te ver cozinhando… parecia tão em casa — murmurou ele, roçando os lábios nos dela.— Me senti em casa — respondeu, passando os braços ao redor do pescoço dele.O beijo veio sem pressa, com a intensidade de quem queria guardar cada segundo. Alexandre a guiou até a cama, deitando-se com ela devagar. Beijava seu pescoço, suas mãos, sua cintura como se quisesse memorizar cada parte.Maria sentia um calor diferente dentro de si. Não era apenas desejo, era confiança. Era paz. E ao mesmo tempo, um furacão s

Capítulo 25Dois dias depois, Alexandre estava no escritório, analisando alguns relatórios da fazenda quando o celular vibrou sobre a mesa. Era uma chamada do detetive que ele havia contratado para investigar o passado de Maria.Atendeu de imediato.— Senhor Alexandre? Aqui é Roberto, o detetive. Consegui informações importantes sobre os pais da Maria.Alexandre se endireitou na cadeira, com o coração acelerado.— Pode falar.— Infelizmente, os pais dela faleceram há alguns anos. Ambos em um acidente de carro. Tentei buscar registros mais detalhados, e confirmei tudo com base em arquivos hospitalares e certidões.Alexandre ficou em silêncio por alguns segundos, processando a notícia.— E... mais alguém da família?— Sim. Descobri que ela tem uma tia viva, irmã da mãe. Consegui o endereço. Mora em uma cidade a cerca de quatro horas daqui. Assim que possível, vou até ela tentar conversar e entender o que sabe sobre Maria. Talvez possa ajudar a preencher algumas lacunas.— Faça isso. Obr

Capítulo 27Alexandre ficou ali, sentado ao lado da cama, segurando a mão de Maria com cuidado, como se ela fosse de porcelana. Os olhos dele estavam marejados, mas havia um sorriso cheio de amor no rosto.— Um bebê... nosso — repetiu, como se ainda estivesse tentando acreditar. — Você tem ideia do quanto isso me deixa feliz?Maria o olhou, surpresa.— Mesmo... com tudo o que está acontecendo? Eu nem sei direito quem eu sou, Alexandre. Não sei se vou conseguir ser uma boa mãe...Ele levou a mão dela aos lábios e beijou com carinho.— Você já é incrível. Vai ser uma mãe maravilhosa. E eu estarei do seu lado, todos os dias em cada passo.Maria sentiu os olhos encherem de lágrimas, mas dessa vez eram de emoção. Pela primeira vez em muito tempo, sentia-se segura.Pouco depois, o médico retornou ao quarto.— Vocês podem ir para casa. A pressão dela está estabilizada, mas recomendo repouso, alimentação leve e acompanhamento pré-natal. Já deixei os encaminhamentos na recepção.— Obrigado, do

Capítulo 29Os dias passaram com mais tranquilidade, mas não sem desafios. Assim que decidiram dar entrada nos documentos de Maria, um problema inesperado surgiu: ela constava como falecida nos registros civis. A surpresa caiu como uma bomba.— Isso é um absurdo! — exclamou tia Augusta, revoltada ao sair do cartório.— Como é que declaram alguém morto sem um corpo? — murmurou Elza, segurando a bolsa com força.Foi necessário que o advogado de Alexandre, o experiente doutor Ivan, interviesse pessoalmente para reverter a situação.— Calma, isso é reversível — disse ele ao telefone. — Mas será preciso apresentar provas de que Maria está viva, além de um laudo médico confirmando sua identidade e sanidade.Com paciência e a ajuda de todos, Maria passou por perícias, exames e entrevistas com assistentes sociais. Dias depois, finalmente teve em mãos seus novos documentos: certidão de nascimento, identidade e CPF. Elza chorou de emoção ao ver a nova carteira de Maria sendo impressa.— Renasci