Phillip segurou a mão dela delicadamente enquanto destrancava a porta, seus dedos quentes e firmes contra os dela. Com um clique quase inaudível, a entrada imponente se abriu, revelando um interior tão extraordinário quanto o exterior. Katherine entrou com cautela, arregalando os olhos ao absorver a pura ostentação de tudo.Um teto esplêndido se estendia acima deles, adornados com luminárias embutidas que pareciam mesmo coisa de filme. As paredes eram de um tom natural e monótono, uma mistura perfeita de tons quentes de cinza, cremes suaves e branco que exalavam sofisticação. Cada centímetro da casa exibia luxo de alto padrão, desde o piso de mármore polido até os móveis que pareciam custar mais do que Katherine poderia comprar em dez anos de trabalho duro. Janelas ladeavam a parede dos fundos, oferecendo uma vista ininterrupta do vasto oceano ao fundo.Katherine se virou para Phillip, ainda com os olhos arregalados, aquele lugar definitivamente estava bem longe do que ela imaginou. C

Adônis sentou-se à cabeceira da longa mesa de conferências de mogno, com as mãos cuidadosamente cruzadas à sua frente e uma expressão indecifrável. A conversa ao redor se transformou em um ruído sem sentido, margens de lucro, expansões de mercado, estratégias de investimento. Deveria ter importância. Geralmente importava. Mas hoje?Hoje, sua mente era uma tempestade de pensamentos emaranhados, uma inquietação torturante pressionando suas costelas. Seu telefone vibrou na madeira polida. Ele nem se deu ao trabalho de verificar.Não até que um jornal bateu na mesa, trazendo-o de volta ao presente. Adônis piscou, com o pulso acelerado. À sua frente, seu sócio, Nicolas Thompson, permanecia imóvel, com os olhos brilhando de fúria mal contida.— Você se importaria de explicar isso? — A voz de Nicolas era baixa e tensa.Adônis expirou bruscamente, o maxilar estalando enquanto pegava o jornal.E seu mundo virou de cabeça para baixo.A primeira página foi uma explosão de escândalo.Ester Royal,

A sala de descanso da Schaffer Corp. cheirava a café fresco e a algo doce. Lucas encostou-se ao balcão, saboreando uma garfada de bolo de cenoura, gemendo de satisfação. — Isso é bom demais. Que tipo de bruxaria você colocou nisso, Diana? — perguntou ele, com os olhos brilhando enquanto lançava um sorriso provocador para a recepcionista. Diana riu baixinho, colocando uma mecha solta de cabelo atrás da orelha. — Ah, só uma pitada de magia e um monte de manteiga. Lucas deu um sorriso. — Combinação perigosa. — Só se você for fraco. — respondeu ela brincando, fazendo-o rir. O momento entre eles se prolongou, e quando Diana estava prestes a convidá-lo para sair, seu telefone vibrou. Ele suspirou, já sabendo quem era. Uma rápida olhada confirmou: Adônis. Adônis: Chego aí em uma hora. Lucas revirou os olhos e digitou uma resposta. Lucas: Tudo bem. Mas você me deve uma. De qualquer forma, ele ainda tinha uma última reunião antes de poder sair. Mas, ao largar o celular, u

— Espera... quem morreu?Walter soltou uma risada sem graça. Mas Adônis nem olhou para o Lucas. Nenhum comentário espertinho, nenhum revirar de olhos. Apenas pegou outra dose e virou como água.O sorriso irônico de Lucas desapareceu. Ele pousou a sacola e se encostou na mesa.— Tão ruim assim?— Pior. — murmurou Walter, sem tirar os olhos de Adônis.Adônis zombou, rolando o copo entre os dedos.— Eu simplesmente não entendo. Como ela pôde ir embora assim? Ela não tem ninguém além de mim.Walter endireitou-se, sua raiva estava aumentando.— Ah, você não disse isso.Lucas estreitou os olhos, seu humor tranquilo de sempre desapareceu.— Cara...Adônis ergueu as mãos.— O quê? É a verdade! Quem mais ela tem? Eu era a família dela, e ela simplesmente... — sua voz ficou amarga — ...fez uma mala e foi embora como se eu não fosse nada.Walter o encarou, com desgosto estampado no rosto.— Como se você não fosse nada? Tá falando sério? Depois de tudo?Lucas balançou a cabeça, abrindo as Pringle

Ela passou os minutos seguintes colocando o papo em dia, trocando histórias e aproveitando a vibração calorosa da familiaridade. Foi bom, descontraído, tranquilo.E então um barulho de algo espatifando ecoou.O som veio da sala VIP.O bar inteiro pareceu parar por um instante antes de Annie suspirar fundo.— Você só pode estar brincando.Katherine lançou-lhe um olhar.— Que diabos foi isso?Miguel já tinha começado a limpar o bar como se não quisesse ter nada a ver com o que estava acontecendo lá atrás.— Não é problema nosso.Annie gemeu.— É sempre problema nosso.Sem dizer mais nada, Katherine e Annie trocaram um olhar cúmplice e seguiram em direção à área VIP, se preparando para o caos que as aguardava.Walter sentou-se em frente a Adônis na sala VIP mal iluminada, com os braços cruzados, observando o homem se desfazer diante de seus olhos.Adônis estava bêbado, completamente bêbado. Uma nova garrafa de cerveja pendia dos dedos já que em um ataque de fúria ele quebrou a anterior,