- Entre, passe! - disse Massimo ao ouvir a voz do seu primogênito. - Pai... Como você está? - disse Luciano, entrando no escritório. Não havia dúvida, Luciano era o seu reflexo, sempre andando ereto e orgulhoso, sempre cuidando da sua aparência. Massimo o viu e não pôde evitar suspirar. Ele queria que o destino dele fosse mais benevolente do que o seu, mas ao lembrar-se de como ele havia sido influenciado pelos Amato, deixava essas ideias de lado. Ele estava ciente de que seu filho não era uma boa pessoa, e também se considerava culpado por isso. - Sente-se! - disse Massimo, apontando para a cadeira em frente à sua mesa. - Pai... O que está acontecendo na empresa? Minha mãe me ligou angustiada, diz que Barzinni voltou e quer tirar a empresa de nós. Isso é verdade? - Filho, você voou de Londres até aqui só porque sua mãe te disse isso? - disse Massimo com um tom de irritação. - Sim! Ultimamente, você não tem tomado boas decisões e alguém precisa colocar ordem nesta família. - dis

Laura era a segunda filha de Massimo e Alessia. Era uma garota loira de cabelos lisos, olhos com uma mistura de cinza e verde, rosto ovalado e bochechas rosadas que acentuavam sua pele pálida e delicada. Ela não havia herdado nenhuma característica de Massimo ou da família Pellegrini. Ela percebia que seu pai, de alguma forma, não era tão próximo quanto ela gostaria. A jovem tinha traços muito finos, mas, se comparada com seus irmãos, não se parecia com nenhum deles. Laura, desde a gravidez, sofrera com a rejeição da mãe. Alessia teria preferido perdê-la, mas o tempo para abortar já havia passado. Sua mãe lembrava-se muito bem das razões de sua rejeição, ela tinha 100% de certeza de que aquela filha não era de Massimo, que aquela menina era supostamente fruto de uma noite de bebedeira entre amigas. Alessia lembrava-se muito bem daquela ocasião, ela havia acabado de discutir com Massimo. O motivo não era claro, podiam ser vários, mas no final ela havia discutido com ele e isso a fez

Alessia chegou a Paris com muitos sonhos, sonhos ao lado de um homem 20 anos mais velho que ela. Sendo uma jovem, acreditava que a vida seria boa, que aquele homem viveria com ela e que desfrutariam de um futuro juntos.Gabriele, por sua vez, não esperava que aquela jovem se apegasse tanto a ele. Depois de vários meses e da pressão que a garota exerceu, ele não aguentou mais e se viu obrigado a contar toda a verdade.Aquele dia estava nublado e frio, Alessia e Gabriele estavam aconchegados na cama do quarto da garota. Depois de ficarem íntimos, Gabriele abraçava e brincava com o cabelo da garota, mas não aguentava mais a pressão e a culpa, então decidiu começar a falar.- Alessia...- O que aconteceu, meu amor?- Temos que conversar... - disse o homem, olhando fixamente para ela.Alessia sentiu aquele “temos que conversar” como quando seus pais a repreendiam por algo errado que ela havia feito.- O que foi? O que aconteceu? Há algo errado?- Alessia, meu amor, há algo que nunca te cont

Rapidamente, o fim de semana passou, era domingo à tarde. Os três Barzinni esperavam ansiosamente no aeroporto pela chegada do pequeno Gio e sua babá, Camila.Depois de pegar o pequeno Gio, iriam buscar Emma Fiore, que finalmente concordou em morar com a família Barzinni. Emma já era uma mulher idosa, Valeria não queria que ela morasse em sua casa, embora fosse muito bonita, mas não queria que ela morasse sozinha em Florença.Marco tinha muitos assuntos a resolver; mesmo assim, abriu uma brecha para receber seu filho pequeno e levar todos para jantar. A partir de amanhã, ele se integraria à empresa Pellegrini, precisava descansar bem, pois o ambiente era desconhecido para ele e precisava estar alerta para qualquer coisa que os Pellegrini tivessem preparado para ele.Eram 18h quando o avião em que Gio e Camila viajavam estava pousando. Depois de passar pela alfândega, os últimos membros da família Barzinni estavam se reunindo com o resto da família. Valeria, ao ver seu filho atravessar

Finalmente, chegou segunda-feira, Marco assumiria o cargo de diretor financeiro do Conglomerado Pellegrini, apesar de Alessia ter tentado durante todo o fim de semana persuadir Massimo sobre essa “ideia estúpida”. Ele sabia claramente que não podia recusar, mas fazer sua querida esposa entender a situação da empresa era como falar com a parede.Massimo sabia que, se Marco estivesse dentro da empresa, a qualquer momento ele se depararia com Guadalupe, fosse em um jantar de negócios, em um aniversário ou em algum outro evento; além disso, Marco havia solicitado que a empresa de marketing e publicidade do grupo Pellegrini a apoiasse no lançamento de sua marca de joias na Itália.Massimo tinha estado ocupado na semana passada, com a visita a Madri, conhecer Paloma, a visita de seu filho irresponsável e o fim de semana livre de seus dois filhos mais novos, o que o impediu de ter tempo para elaborar um plano para se aproximar de Guadalupe, mas era certo que ele estaria envolvido na campanha