Capítulo 129 Ezequiel Costa Júnior A casa cheirava a sangue, pólvora e sujeira — como deveria. Cada cômodo revirado revelava mais podridão, mais indícios do que aquele Malcon vinha tramando. Mariana estava à frente, como sempre: olhos afiados, mente estratégica, o dedo no gatilho pronto pra resolver qualquer falha. Ela nasceu pra isso. Só demorou a perceber. Atrás de nós, os soldados limpavam o que restava: corpos, equipamentos, pistas. Samira seguia com Iris, que ainda tremia. Não me importava com isso, sinceramente — minha preocupação era Mariana. Aquele jogo não era só de poder, era de posse. E ela agora era minha. Vasculhamos a parte debaixo da casa até encontrar uma porta falsa por trás de uma estante. Um dos homens a abriu com uma chave que arrancamos de um dos mortos, e ali estava o que procurávamos: uma sala subterrânea, mal iluminada, com mapas, anotações, telas desconectadas e um notebook ainda aberto. No topo da tela, lia-se: DELUXE. — Achamos. — murmurei. — Ele
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