POV: LAURENSenti dedos duros se enrolarem no meu cabelo e puxarem sem piedade, me forçando a ficar de pé. O couro cabeludo parecia se rasgar. Gaguejei entre lágrimas e gemidos. — M-me solta... Por quê... por que está fazendo isso comigo? — a pergunta escapou em um sussurro fraco, enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas de dor e revolta. — Ah, querida... como você é escandalosa, não é mesmo? — ouvi a voz feminina debochada acima de mim. Levantei o rosto em um impulso, o coração disparando, e me deparei com Violet. Suas mãos estavam enroscadas nos meus cabelos, puxando-os sem qualquer compaixão. Seus olhos brilhavam de puro veneno e diversão maldosa. — Que tal silenciarmos ela, ein? — Violet sugeriu, sorrindo de um jeito que me fez gelar por dentro.<

POV: HENRYO evento já havia começado. Theodor ficou sob os cuidados da avó, mãe de Lauren, enquanto eu seguia para o salão principal, onde o baile acontecia com sua habitual ostentação. Ajustei a gravata em frente ao espelho, alinhei o paletó com um único puxão e subi ao palco com passos firmes, sentindo imediatamente todos os olhares se voltarem para mim. A postura ereta, o silêncio da multidão, os flashes tímidos... tudo era calculado. Eu dominava aquele ambiente. — Boa noite. — Eu comecei com a voz firme, segura, e propositalmente pausada. — Agradeço a todos que disponibilizaram parte do seu tempo para participar deste evento beneficente. O fundo de arrecadação da Indústria Carters já acumula uma quantia significativa que será destinada a famílias de baixa renda e comunidades

POV: HENRY— Me dá mais uma chance, Henry. Só uma. — Mia fez uma voz enjoativa fina e manhosa. — Me deixa te amar do jeito certo... Afastei-me, firme. Mantive a postura rígida, inabalável. — Eu já tenho uma esposa. — Minha voz saiu clara, sem tremor. — Sou completamente apaixonado por Lauren. — Minha garganta apertou só de dizer o nome dela em voz alta. — Teremos uma filha. E criaremos Theodor juntos. Inspirei fundo e estufe o peito com orgulho. Cada palavra saía com a força de uma verdade inquebrável. Olhei para Mia de cima, como se ela não passasse de uma ameaça insignificante diante do que eu tinha construído com Lauren. — Eu tenho uma família. Completa. Linda. — Eu acrescentei. — E farei tudo, absolutamente tudo, para protegê-los

POV: LAURENO ar sumiu dos meus pulmões. Eu tremia. Suava frio. Meu coração batia tão rápido que doía. — Fico imaginando... — Ele murmurou, abaixando o rosto sobre mim, o hálito quente e repulsivo me fazendo virar o rosto. — Qual será a sensação de estar dentro de você? — NÃO! — Eu tentei gritar, mas a voz falhou. O grito morreu na garganta. A mão dele subiu, lentamente, em direção ao meu íntimo. — É tão quente quanto parece, Lauren? — Ele sussurrou, deslizando os dedos pelo caminho que eu desesperadamente tentava manter protegido. Eu chorava, soluçando. O corpo inteiro tremia. Mas minha mente gritava: FAÇA ALGUMA COISA! — Por favor... não f

POV: HENRYParei o carro com um tranco seco em frente à mansão dos Bouvier. O motor ainda vibrava, mas eu já não ouvia nada. Minhas mãos apertavam o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. A raiva me consumia por dentro, quente, corrosiva, tomando cada espaço do meu corpo. Meu maxilar doía de tanto forçar a mordida. Eu queria sair. Queria entrar naquela casa e arrancar a verdade com as próprias mãos. Mas o celular vibrou no console. Número desconhecido. Franzi o cenho. O estômago revirou. Sabia que só podia ser eles. Os malditos sequestradores. Atendi. — Fala. — Eu falei, a palavra saiu seca, carregada de tensão. A garganta parecia feita de cacos de vidro. — Sr. Carter — disse uma voz distorcida, m