POV: LAURENA dor que eu sentia agora não era só física. Era um acúmulo de escolhas, silêncios e mágoas. Eu havia estragado tudo. Essa era a verdade que eu lutava contra todas as noites. O que quer que pudéssemos ter sido, eu, Henry, Theo e agora Alice, eu arruinei. E como se Alice quisesse me lembrar de que estava ali, de que tudo isso também a afetava, veio outro chute. Mais forte. Mais fundo. Uma fisgada me fez perder o ar por um segundo, e levei a mão instintivamente até a lateral da barriga. Fechei os olhos, soltei um gemido baixo, abafado. Quis disfarçar, fingir que era só um incômodo qualquer, mas não consegui. Quando abri os olhos, Henry já estava em pé. — Você está bem, Becker? — a voz de Henry mudou, firme, atenta. O toque em meu ombro foi direto, sem hesitaç&atild
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