— Vai à merda, porra! Enquanto o divórcio não estiver oficializado, ela ainda é minha esposa! — Gritou Gabriel com ferocidade.— Mas já está oficializado. O juiz já deu a sentença. Você pode até recorrer, mas isso não muda o resultado da primeira instância. — Respondeu Daniel com frieza. — E, se não soltar agora, vou chamar a polícia.Ao ver aquele parasita se escondendo atrás da ameaça de chamar a polícia, Gabriel perdeu o controle. Ver Beatriz ainda defendendo aquele covarde fez o sangue ferver ainda mais. Sem pensar, fechou o punho e lançou um soco na direção dele.O público ao redor, que assistia curioso, soltou gritos de espanto. O rosto de Beatriz mudou na hora, e ela se apressou para tentar impedir o golpe.Talvez por já ter trocado farpas com Gabriel antes, Daniel estava atento. Conseguiu aparar o soco no tempo certo, bloqueando o golpe com firmeza.— Senhores, por favor, calma! Vamos conversar com tranquilidade! — Disse um dos garçons, correndo até eles, assustado.Com três ga

Provavelmente era mais uma encenação do Gabriel. Um teatrinho de autopiedade, só para ver se Beatriz ainda se importava, se ela voltaria para cuidar dele.O carro acelerou na saída, deixando para trás a ambulância e qualquer possibilidade de Gabriel sair vencedor com aquele truque barato.— Acho que você não comeu quase nada antes... Vou reservar outro restaurante. — Disse Daniel, enquanto dirigia.— Não precisa. Eu nem estava com tanta fome assim. — Respondeu Beatriz.Ela virou o rosto e perguntou, em tom leve:— E você?— Eu tô tranquilo. — Disse ele.— Melhor a gente ir mesmo... Você mal conseguiu comer antes de ser interrompido. — Insistiu ela.Ao ouvir isso, Daniel pensou: “Mesmo que não precisasse comer, voltar direto pra casa significava que o tempo com Beatriz acabaria ali.”— Que tal só uma sobremesa? A gente pode ir a uma cafeteria. — Sugeriu ele, como quem propõe algo simples, mas com segundas intenções sutis.Beatriz assentiu com a cabeça, sem pensar muito no porquê.Pegou

— Quando ele acordar, tranquem ele em regime disciplinar. Se a cabeça dele só pensa em romance, então nem precisa voltar ao trabalho. — Disse Sr. Henrique com o rosto frio, sem deixar espaço para discussão. — O André não vinha insistindo pra aquele filho bastardo dele vir treinar na sede? Está autorizado.Ao ouvir isso, o mordomo ficou completamente pasmo.— Sr. Henrique, por favor, não tome uma decisão dessas no calor do momento. O Sr. Gabriel só cometeu um deslize, mas o desempenho profissional dele continua intacto. — Tentou argumentar, apreensivo.Sr. Henrique sempre deixou claro que Gabriel era seu herdeiro escolhido, passando até mesmo por cima do próprio filho. Mas agora, estava dando sinal verde para trazer o filho ilegítimo de volta?— Ele me decepcionou demais. O trabalho principal, tudo bem, não foi afetado... Mas ele abusou do poder. Comprou pequenas empresas sem critério e forçou uma parceria com a Aurora, iniciando projetos novos sem grande viabilidade econômica. — Disse

[Acho melhor eu me mudar pra sua casa. Te levo e busco do trabalho. Assim é mais seguro.]Beatriz olhou a mensagem da amiga, preocupada, e preferiu responder por áudio:— Tá tudo bem, não precisa vir. Em público, ele não tem coragem de fazer nada. Mas vou ficar atenta pra ver se tem alguém me seguindo. Se eu pegar alguma prova, melhor ainda.Letícia continuava apreensiva. Pediu que Beatriz saísse do trabalho sempre no horário, nada de fazer hora extra, ou ela mesma iria buscá-la, ou então que Daniel a levasse.Beatriz, sem querer incomodar nem a amiga nem o Daniel, prometeu sair sempre no horário e mandaria mensagem avisando quando chegasse em casa.Continuaram conversando e, em determinado momento, Beatriz comentou sobre Gabriel ter sido levado de ambulância. Letícia ficou pasma.— O quê?! — Exclamou sozinha. — O Gabriel... Chamou uma ambulância? Tá de brincadeira?Ela mandou um áudio:— Olha só, você não pode se deixar levar por isso, viu? Ele tá claramente fingindo. Você mesma disse

— Como presidente do Grupo Pereira, minha prioridade é o futuro do grupo. E quem tiver capacidade é quem vai ocupar o cargo. — Declarou Sr. Henrique, com voz firme e fria.Gabriel cerrou os dentes ao ouvir isso. Engolindo a raiva, retrucou:— E a minha capacidade? O senhor não reconhece mais? Em dois anos no grupo, fui dedicado, comprometido, impecável. Nunca dei motivo pra críticas!— Isso foi antes. — Rebateu Sr. Henrique, com um olhar gélido e penetrante. — Gabriel, você acha mesmo que eu não sei o que andou fazendo com a Aurora? Aquisições impulsivas, expansão irresponsável, entrando em áreas sem viabilidade, tudo por vingança pessoal.Gabriel ficou em silêncio por um instante, pego de surpresa. Depois ergueu o queixo e se justificou, num tom teimoso:— Os projetos têm retorno, sim. O lucro só não apareceu ainda porque é fase inicial. E todos os valores foram alocados dentro do setor de investimentos, está dentro do orçamento!— Não quero ouvir desculpas. — Interrompeu Sr. Henrique