A noite avançava, e o silêncio que pairava na casa de Emma e Alexandre era apenas aparente. Nos corredores, nas entrelinhas dos olhares, nas palavras medidas, havia tensão acumulada, ressentimentos antigos e dúvidas não ditas.Emma colocou Miguel no berço com cuidado, tentando acalmar o coração. O choro leve do bebê havia cessado, e sua respiração ritmada era a única paz que ela sentia naquela noite. Fechou a porta do quarto devagar e seguiu até a sala.Lá, a sogra e a irmã de Alexandre ainda estavam sentadas, agora em silêncio. A conversa havia morrido depois da resposta firme de Emma. Alexandre, por sua vez, voltava do escritório com o pai, ambos com semblantes sérios.— Algum problema? — Emma perguntou, olhando para o marido.Alexandre negou com a cabeça. — Apenas conversas... antigas.O pai dele a observou por um momento e então falou:— Confesso que não entendi sua escolha no começo, filho. E, sinceramente, ainda tenho meus receios. Mas hoje... vi como ela cuida da sua família. E
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