Karen narrandoO carro corria tranquilo pela avenida, o sol filtrava pelas janelas e o rádio tocava uma música calma, quase como trilha sonora pro que eu sentia por dentro.Encostei a cabeça no vidro e soltei um suspiro leve, acariciando minha barriga devagar, como se ela pudesse entender cada pensamento que me atravessava naquele instante.— Tá tudo mesmo se encaixando, né? — falei, olhando pro Estevão, que dirigia com uma mão no volante e a outra segurando a minha.Ele sorriu de canto, aquele sorriso que sempre me passava calma.— Tá sim, meu amor. Finalmente.— Mas sabe o que mais me emociona? — continuei, com os olhos marejando de leve. — É olhar pra Ana Kelly hoje e pensar naquela Ana de São Paulo… aquela mulher cheia de receios, de feridas escondidas, de força contida. Era tanta dor atrás do sorriso dela que às vezes eu achava que ela nunca ia conseguir sair daquele lugar escuro.— E saiu. E saiu gigante — ele respondeu, firme. — Do jeitinho dela, do tempo dela. Mas saiu.— E vi

Anthony narrandoA tarde passou numa velocidade que eu nem vi. Entre risadas, fotos, brigadeiros e gente emocionada com cada detalhe da decoração, a casa parecia ter sido tomada por uma energia diferente. Era como se aquele mesversário fosse uma espécie de recomeço — não só pra TomTom, mas pra todos nós.Vi minha mãe rodando entre os convidados com aquele sorriso de quem sabe que cuidou de tudo com perfeição. Meu pai sentado com o Estevão e o Pablo, tomando café e resenhando sobre casamento, filhos e a vida. A Karen deitada na rede do lado de fora, acariciando a barriga, falando com a Jéssica pelo celular. E Ana… a Ana estava brilhando.Eu observava ela com a nossa filha nos braços, os olhares que trocava com a bebê, os beijos na testa, as palavras sussurradas entre um convidado e outro. Era uma visão que me deixava bobo. Porque por mais que eu tivesse me preparado pra ser pai, nada no mundo me preparou pra amá-las desse jeito.— Ela tá linda, né? — sussurrei no ouvido da Ana, abraça

Ana Kelly Narrando Ele me deitou na cama ainda com o corpo quente do banho, o coração acelerado só de olhar pra ele. Anthony tinha aquele olhar focado, faminto… como se cada parte de mim fosse dele. E era. Sempre foi.Quando ele se debruçou sobre mim, senti os lábios dele tocarem meu pescoço com tanta calma que me fez arrepiar inteira. As mãos deslizavam pela minha barriga, pelos meus seios, e o jeito que ele me tocava me deixava completamente entregue.— Agora é minha vez de te deixar louca — ele murmurou, com a voz grave, encostando a testa na minha.— Já tô… — sussurrei, puxando ele pela nuca, sem conseguir disfarçar o quanto eu queria mais.Ele beijou meu colo, desceu lentamente, me olhando como se adorasse ver a minha reação. Quando chegou entre minhas pernas, separou com carinho, e ali… naquele momento, eu perdi o fôlego.A língua dele me tocou como se ele estivesse decorando cada detalhe meu. Era devagar, provocante, intenso. Eu arqueei o corpo na cama, sentindo as ondas de pr

Ana Kelly Narrando Depois que a gente desabou juntos naquela explosão de prazer, eu senti meu corpo todo mole, mas ao mesmo tempo quente, como se o fogo que a gente acendeu ainda estivesse queimando por dentro. Anthony ficou ali do meu lado, segurando meu rosto com as mãos, olhando nos meus olhos com aquela intensidade que só ele tem.— Ana, você tá bem? — ele perguntou, a voz preocupada, mas cheia de amor. — Não tá sentindo nada estranho? Diz pra mim, amor. Quero cuidar de você.Eu sorri, ainda meio fora do ar, e balancei a cabeça.— Tô bem, meu amor. Só tô entregue a você. Sempre tô — respondi, beijando a ponta do nariz dele, sentindo a pele dele quente contra a minha.Ele sorriu, aliviado, e me puxou pra um abraço apertado, colando o corpo todo no meu.— Você sabe que eu não consigo te deixar sem cuidado, né? — falou, a voz firme, cheia de carinho. — Você é tudo pra mim. Não quero nada além de te ver bem, feliz, inteira.Eu senti o peito dele bater forte contra o meu, e naquele ab

Karen narrandoTem dias que a gente nunca esquece. Dias que parecem feitos de brilho, cheiro de flor, e risadas que aquecem a alma. Hoje é um desses dias.Meu dia de noiva.Acordei com o coração acelerado, mas não era nervosismo. Era gratidão. Olhei pro teto do quarto do spa onde passamos a noite e sorri. Minha barriga já redondinha se mexia levemente, como se o meu bebê também soubesse que hoje era especial.— Bom dia, minha vida — murmurei, acariciando a barriga com carinho. — Hoje é o dia em que a mamãe vai casar com o amor da vida dela.Levantei devagar, com aquela leveza que só a felicidade traz, e fui até a varanda. Lá embaixo, a movimentação já começava: flores sendo organizadas, a equipe do spa correndo de um lado pro outro, e as minhas mulheres... minhas amigas, minhas companheiras, minhas forças.Ana Kelly foi a primeira a me abraçar quando desci. Com a pequena Antonela no colo e um sorriso sereno, ela me envolveu com aquele carinho que só ela sabe dar.— Hoje você vai brilh