Dário A noite estava carregada de tensão. A lua cheia dominava o céu, sua luz prateada refletindo em cada folha das árvores, enquanto a floresta ao redor parecia observar o desenrolar dos acontecimentos. Dário, em sua forma humana, estava de pé no centro da clareira, a respiração profunda e controlada, o coração batendo forte, como se todo o universo estivesse esperando sua próxima ação. Sua mente estava afiada, cortante como uma lâmina, e o único pensamento que lhe dominava era a presença de Sarah. Ela era a sua luna. Ele havia escolhido, e ninguém poderia interferir.A matilha estava reunida em círculo ao redor de Dário. Seus olhos estavam fixos nele, respeitando o silêncio. Os membros estavam em pé, tensos, esperando para ver como o alfa lidaria com o crescente desafio de Castiel. Mas, na verdade, Dário não tinha dúvida alguma sobre o que aconteceria. Ele sempre foi imbatível em sua posição, e aquele momento não seria diferente. Ele era o alfa. E Sarah seria sua luna, sem exceção.

Sarah (respira fundo, tentando ignorar o efeito que as palavras de Dário causam nela): Você fala como se eu não tivesse escolha.Dário (aproxima-se ainda mais, os olhos dourados brilhando com intensidade): Você tem. Mas não pode fugir do que já está escrito.Sarah (desvia o olhar, cruzando os braços numa tentativa de se proteger daquela presença avassaladora): Isso não faz sentido. Eu nem sabia da sua existência até hoje.Dário (sorri de canto, a voz rouca e carregada de certeza): Mas eu sabia da sua.Sarah (franze a testa, o coração batendo forte contra o peito): O quê? Como?Dário (passa a língua pelos lábios, como se ponderasse o quanto deveria revelar): Porque você sempre foi minha, Sarah. Desde antes de nascer.Sarah (recua um passo, sentindo um arrepio percorrer sua espinha): Isso é loucura. Você está falando como se… como se isso fosse destino.Dário (assente lentamente, seu olhar cravado nela como uma promessa inquebrável): Porque é.Sarah (balança a cabeça, negando, tentando

DÁRIO Dário (sentindo a tensão entre eles aumentar, mas também uma força invisível que o puxava para ela. Cada movimento seu, cada respiração de Sarah, estava o atraindo mais para perto, como se tudo em seu ser soubesse que aquele momento era inevitável. Ele observava seus olhos, perdidos, confusos, e, ao mesmo tempo, tão curiosos, como se ela estivesse à beira de algo maior. Ele sabia que não poderia forçá-la, mas também sabia que não poderia deixar a oportunidade escapar.)Ele deu um passo à frente, com a confiança que sempre teve, mas com uma calma cuidadosa. Ela precisava sentir que não havia pressa, que ele não a forçaria a nada que ela não quisesse. Mas ele sentia que ela estava perto de se entregar, que, no fundo, algo dentro dela estava buscando o mesmo que ele: a conexão, a entrega.Ele viu a hesitação nos olhos de Sarah, a dúvida que ainda dominava sua mente, e por um instante, ele quase se afastou, respeitando sua decisão. Mas, ao mesmo tempo, ele sabia que não poderia mai

RUDI Rudi estava escondido, observando a cena com os olhos atentos e o coração acelerado. Ele sabia que as lobas não iriam facilitar para Sarah. Elas sempre foram dominantes e tinham essa aura de superioridade, especialmente quando se tratava de proteger o lugar que sempre consideraram delas. Ele podia ver a maneira como elas cercavam Sarah, tentando intimidá-la, mas o que ele não esperava era a reação de Sarah.Ela estava firme, e a maneira como ela se manteve diante delas fez Rudi parar por um momento. Ele já tinha visto muitas mulheres em sua vida, algumas fortes, outras fracas, mas nunca tinha presenciado uma como Sarah. Ela não estava apenas enfrentando aquelas lobas com palavras. Havia algo em sua postura, algo profundo, como se uma força que ela nem sabia que possuía estivesse surgindo dentro dela. Rudi não podia deixar de sentir um certo orgulho da Luna, mesmo sabendo que ela ainda estava em processo de se descobrir.Quando as lobas começaram a recuar, Rudi sabia que era o mo

A Ira de LuizO telefone tocou, interrompendo o silêncio ameaçador que tomava conta da sala. Luiz estava em pé, seus dedos trêmulos, mas com o rosto ainda fechado em uma expressão de pura fúria. Ele não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. Sarah... Sarah tinha fugido. Ele sabia que ela não era fácil de lidar, mas isso era demais. A raiva queimava dentro dele, e a sensação de traição o consumia por completo. Como ela podia fazer isso? Como podia sair assim, sem sequer olhar para ele?Ele apertou os punhos, tentando controlar a onda de raiva que ameaçava transbordar a qualquer momento. Não era apenas a fuga de Sarah que o enfurecia, mas o fato de que ela estava se afastando dele, afastando-se da única coisa que sempre a havia protegido. Ela precisava de alguém forte, alguém que fosse capaz de guiá-la, e ele era esse alguém. Mas, aparentemente, ela não via isso.— Onde ela está, Salomé? — A voz de Luiz soou baixa, mas imensamente ameaçadora. Ele não tinha tempo para lamentaçõ