A casa de Fernando parecia ter ficado mais fria; ali, agora, se tornara o que mais ele temia, igual aos seus pesadelos. Aquele sorriso nos lábios de Talita, a forma como seus olhos vagavam entre a intrusa, gritava em sua casa. Ele logo perguntou:— O que faz aqui, Talita? Quem te deixou entrar? — A voz de Fernando soou rouca, quase como se tivesse visto algo que já estava morto, enquanto procurava por mais alguém no interior da casa. Suas palavras foram forçadas a sair de sua garganta apertada. Seus olhos, antes tão cheios de calor e ternura quando fitavam sua amada Cristina minutos antes, agora carregavam uma sombra de confusão, talvez até mesmo um resquício de um passado doloroso que Fernando desejava nunca mais ter contato.Talita, por sua vez, sustentou o olhar com uma calma perturbadora, u
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