Os gêmeos, após uma noite praticamente sem sono, se levantam no antigo quarto na casa dos pais. Tentam dissimular uma descontração que está longe de ser genuína, escondendo a ansiedade e a angústia causadas pela ausência de Maya e pela decisão que terão que enfrentar após a transformação dela.Ao descerem para o café da manhã, agradecem aos céus por encontrarem algumas peças de roupa no quarto, pois assim podem evitar o confronto com Maya. Tentam manter a fachada de normalidade diante dos pais, mas a falta dela na mesa e a atmosfera carregada revelam que algo está profundamente errado.Terminado o café, os gêmeos saem apressadamente, agradecendo aos pais antes de encararem a decisão difícil que têm pela frente, pois mais cedo ou mais tarde seus caminhos cruzarão com Maya. Caminham pelas ruas de Forks com determinação, rumo ao hospital onde sabem que encontrarão Justin. Eles estão determinados a tirar as informações necessárias de Justin nem que, para isso, tivessem que usar a força.O

O quarto permanece imerso na tensão, enquanto Caio ignora o olhar de Maya e direciona suas perguntas a Justin. Sua voz é firme e carrega uma mistura de desconfiança e desaprovação."Então você encontrou Salazan em troca de poder para ser o companheiro de Maya, e ele simplesmente te deu? Quer que acreditamos que o ser supremo das trevas deu poder apenas por simpatizar com sua causa?" Caio questiona, seu olhar penetrante buscando qualquer sinal de fraqueza na narrativa de Justin.Justin, ainda mantendo a fachada de queixas, abaixa a cabeça e responde:"Não, claro que não. Perdi minha alma para ele, minha essência."Maya solta um grito de horror, percebendo a profundidade das mentiras que a envolviam. No entanto, o teatro de Justin não convence nem um pouco Caio e Carlos. Eles avançam com suas perguntas, agora explorando a possibilidade mais sombria."Você veio aqui para levar Maya para Salazan?" Carlos pergunta, seus olhos estreitos fixos em Justin.Maya encara os gêmeos perplexa, não p

Não muito longe do hospital, as duplas Caio e Carlos encaram seu beta Logan, que relata:"Bem, ele tem encoberto bem o rastro dele, mas consegui algumas informações interessantes. Ele foi abandonado na porta de um casal de lobos quando era bebê. Eles não tinham filhos, adotaram-no e o criaram como um dos nossos. Foi assim que ele começou a estudar medicina sobrenatural. Mas o mais esquisito mesmo é a dos pais dele. Parece que apareceram para acampar com Justin em uma área remota, no sopé de uma montanha. Houve uma morte profunda, os dois lobos com poder de cura morreram, mas o humano frágil saiu ileso, sem nenhum arranhão. A matilha investigou, mas como não acreditavam que um humano teria poder para fazer aquilo, libertaram Justin e supuseram que algum animal danificou os corpos após a morte. Justin se formou com honra, mas periodicamente faz viagens com o propósito de visitar o túmulo dos pais. Justin nunca mais voltou ali, mas não consegui descobrir para onde ele ia nessas viagens."

O hospital silencioso parecia prender a respiração quando Andreza adentrou com determinação, ignorando as enfermeiras que ousavam questionar seu destino. A presença imponente de Dilan ao seu lado, acompanhada pelo olhar sério do Beta Logan, funcionou como um escudo, afastando qualquer tentativa de interferência. As enfermeiras, resignadas diante da imponência do trio, recuavam, permitindo que atravessassem sem obstáculos.Ao passar pelo quarto de Justin, Andreza não conseguiu conter uma careta. Uma sensação sombria emanava do local, como se as próprias trevas ali se abrigassem. Por um instante, a luz que emanava de Andreza parecia confrontar a escuridão que se desprendia do quarto. Ela sabia, com certeza, que aquela treva estava de alguma forma relacionada a Salazan, uma presença obscura que os segue como uma sombra indesejada. Apesar do desconforto momentâneo, ela continuou seu caminho, determinada a desvendar os mistérios que circundavam o hospital.A bruxa guiou o grupo até a sala

Maya permaneceu no andar de baixo, sentindo o peso das palavras não ditas e das emoções tumultuadas pairando no ar. A atmosfera da casa estava carregada de tensão, e ela sabia que algo precisava ser feito para remediar a situação. Com uma decisão corajosa, Maya concluiu que, se não conseguia resolver a situação com os dois irmãos ao mesmo tempo, talvez pudesse começar resolvendo com um de cada vez.Tomada por essa coragem recém-descoberta, Maya decidiu subir as escadas em direção aos quartos dos gêmeos. Ao chegar ao corredor, ela hesitou por um momento, sentindo a pulsação acelerada em seu peito. No entanto, a determinação a impulsionou para a frente.Ao chegar ao quarto, Maya bateu suavemente na porta. Sentindo a expectativa no ar, ela respirou fundo antes de entrar. O ambiente estava impregnado com a umidade do chuveiro de Carlos, e ela pôde ouvir o som suave da água corrente.Decidida, Maya começou a se despir lentamente, consciente de cada movimento. Cada peça de roupa que caía no