Rodrigo narrando :Eu tava na minha sala, terminando de revisar os relatórios da parte da manhã, quando Marcela apareceu na porta com aquela bandeja de café e um sorrisinho que eu já conhecia bem.Ela entrou sem pedir, como se tivesse intimidade.— Trouxe seu café, Rodrigo — disse, colocando a xícara na mesa.— Obrigado — respondi, educado, mas sem tirar os olhos do monitor.Ela ficou ali parada, do lado da mesa.E eu já sentia que vinha merda.— Sabe… — começou, se inclinando devagar — hoje eu tô de folga à noite. Se quiser, a gente pode sair. Eu faço uma jantinha lá em casa. Tô morando sozinha agora, sabia?Levantei os olhos, surpreso.Ela tava literalmente se oferecendo.Do jeito mais direto e sem noção possível.— Marcela, eu…Antes que eu conseguisse terminar a frase ou pedir que ela se retirasse, ouvi a voz da Gabriela na porta.— Estou atrapalhando?Quando virei, senti o sangue sumir do rosto.Ela tava ali, na minha porta em pé.Com aquele olhar duro, direto, ferido.E na hora,
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