Hoje o início dia foi exaustivo, tive tantos arquivos para serem enviados de volta para a filhote de satã, que fiquei imersa nisso o dia todo, morrendo de medo de que enviasse algum errado e desse ainda mais motivos para ela brotar do nada na minha sala despejando seu repertório de ofensas. Estou começando a me encher disso. Owen está se mostrando um completo inútil, porque ele fica mais de duas semanas em um mesmo arquivo e acabo ficando com todo o resto.Estou perdida em mais uma revisão, quando Sam irrompe pela porta.— Vocês não sabem o que acabei de ouvir de um dos chefões — Diz eufórica, depois lança um olhar de esguelha para Owen, todas nós estamos com um pé atrás com ele, desde o incidente com o Mark e por algumas situações aqui na empresa que ocorreram após sua chegada. — Acho melhor conversarmos sobre isso no almoço. — Olha para seu relógio e abre um sorriso. — Que é daqui exatos 2 minutos.Dou risada.— Animadas para quinta-feira? — Sophia pergunta, ainda prestando atenção

Ele passa a mão no rosto e bagunça os cabelos, frustrado.— Eu só queria agradá-la, ela sempre me disse que seu sonho era participar ativamente no planejamento do meu casamento. Poxa, sou seu único filho.— Não iria proibi-la de ajudar Wayne, mas você é tonto ou o que? Sua mãe estava anulando todas as minhas decisões. Transformando o meu casamento em um show de horrores.— Mas...— Isso não é relevante agora, diga-me por que pediu esse encontro.Vejo que não gostou da forma que o interrompi e seus olhos escurecem momentaneamente, antes dele recuperar a fachada de noivo arrependido e abandonado.— Queria dizer que não compactuei com o plano da Natalie de afastar vocês dois.— Natalie? — Pergunto confusa.— Ava Natalie. — Wayne esclarece e sinto que meus olhos podem sair da órbita, tamanha surpresa que me toma.— Ava... — Resmungo baixinho.— Ela encontrou Mark por acaso na boate em algum momento antes de nos conhecermos, se envolveram casualmente e ela ficou totalmente obcecada por ele

Refleti muito depois que voltei para o meu apartamento, após a conversa com o embuste. Ele conseguiu quebrar a porra da muralha que levei dois anos para construir ao redor do meu peito e agora, a dor parece dilacerante.A saudade me nocauteou e sinto totalmente minhas forças indo embora, meu esforço, minha força de vontade evaporando e o medo é paralisante. Não quero deixar esse sentimento me tomar de novo, porque, ainda guardo comigo tudo o que senti quando criei coragem para expor tudo a ela. Compreendo agora que ela foi envenenada da pior forma possível, mas isso não anula a dor que me corrói até hoje e que eu luto bravamente para esconder.Sinto-me como um animal enjaulado dentro do meu próprio espaço e pela primeira vez desde que voltei, entro no cômodo proibido. Seu cheiro ainda está impregnado no ambiente, embora começando a ficar camuflado por conta da poeira e pelo tempo que ficou tudo fechado, suas coisas ainda estão no mesmo lugar, a parede de vidro me mostra a vida seguind

— Não queria vir nesse caralho, mas estou aqui, então dá para parar de ficar rodopiando na minha frente igual um peão? — Brado furioso, olhando para Cole, que parece uma criança indo para um parque de diversões.— Cara, você anda muito mau humorado, seu mau é falta de sexo. — Cole diz. — Ainda bem que estamos indo para um resort exclusivo de adultos, onde o sexo não é proibido.Os idiotas começam a rir, concordando com ele fico ainda mais enfurecido.— Mark, deixe de ser rabugento, essa característica é do Will, lembra? — Nate diz, parado atrás de mim. — Você vai gostar da experiência.Desisto de argumentar contra eles e finalmente aceito o espírito aventureiro que sempre me acompanhou antes. Eles têm razão, preciso voltar a ser o Mark de antes.— Espero que tenha química... comigo e a mulher que esse resort maluco vai colocar comigo.— Tenho certeza de que terá. — Sebastian diz e eu o olho, mas logo ele disfarça e muda o foco. — Vocês leram o e-mail que mandaram ontem? Vamos ter que

Passamos pelo grupo dando um aceno gentil e tímido, porque todas percebemos que se tratava de espécimes perfeitas do time masculino. Se todos nesse lugar forem assim, estamos perdidas.— Meu Deus, deu até calor — Chloe sussurra do meu lado e não consigo controlar a risada que me escapa.Quando chegamos perto do elevador, uma das meninas aperta o botão e as portas largas se abrem, revelando que podemos entrar todas de uma vez. Lá dentro, tem uma responsável em distribuir os andares e uma prancheta.— Bem-vindas, como é o primeiro dia de vocês, vou orientá-las aos andares certos. Nos próximos dias já estarão por conta própria. — Sua voz meiga e tranquila ressoa pelo quadrado fechado. — Temos duas suítes por andar.Um formigamento começa a subir por meu corpo.A moça começa a anunciar os nomes e os andares conforme o elevador vai parando, até que chega a vez de Chloe.— Bela? — A moça chama e Chloe dá um passo a frente. — Você desce agora, no décimo andar. Seu apartamento é o B, a chave