Assim que terminaram seu tratamento no spa Xclusive de Victoria, elas esperavam Tomás, mas ele não chegou sozinho. Callum o acompanhava com um sorriso cúmplice; os olhos do noivo de Julieta brilharam quando ele viu Isabel… seu olhar também foi para Julieta; ambas estavam lindas.— Vocês ficaram ainda mais bonitas, garotas — disse Callum, beijando a bochecha de Julieta e depois a de Isabel, cheirando sua fragrância frutada no processo e ficando maravilhado.“Que tipo de perfume era aquele? Era algo especial?” Ele fica pensando um pouco mais do que o normal.— Eu o convidei… eu não vou passar por essa tortura sozinho — diz Tomás, fazendo uma careta referindo-se à pizza.Tomás era um homem que amava comida saudável e não tanto a processada, mas Julieta sempre o empurrava a comer esse tipo de coisa.— Vamos! Há um lugar italiano por perto que vende pizzas de verdade — Julieta faz um biquinho — É delicioso; vocês três vão ver. Vocês vão viciar — ela os aponta.— Só porque é você — apo

Maximiliano decidiu ir para casa; aparentemente, ela não queria dormir naquela noite, e ele não queria discutir com ela… amanhã ele deixaria o presente, e talvez ele a visse usando.Julieta, em seu banheiro, leu as instruções muito bem, e não há muito o que perder; urinar em um palito e esperar alguns minutos… ela alinhou todos os testes de cabeça para baixo, e suas mãos estavam frias e suadas. Ela colocou o cronômetro em seu telefone e esperou sentada no chão, com a cabeça entre as pernas.Acontece que sua menstruação deveria ter vindo na semana passada, e com tantas coisas acontecendo, ela não percebeu o atraso de duas semanas.As lágrimas caíam constantemente em seu rosto; ela não queria contar os pintinhos antes de chocar, como dizia sua avó materna, mas ela estava entrando em pânico total naquele momento em seu banheiro solitário.O alarme tocou, e ela pulou do lugar e se levantou… ela consegue, certo?— Seja o que for, você tem que ver, Juliette — ela se dá coragem para ver

Tomás andava de um lado para outro atrás da porta, esperando que Julieta saísse do banheiro.— Você está bem aí dentro? — pergunta Tomás, precisando que ela se apresse, mas sem querer pressioná-la.— Estou em um banheiro pequeno com um vestido vermelho que deixa pouco à imaginação — reclama Julieta — Não, não estou bem, Tom. Eu não consigo fazer isso.Julieta sente que pode hiperventilar só de pensar em sair e ver tantos olhos nela.— Mas ele fica bem em você, não é? — pergunta Tomás, nervoso.— Bem… se ele é suposto ficar assim — ela faz uma careta — Isso é pior que o vestido bege — ela o acusa.— Saia para que eu possa te ver, por favor — suplica Tomás.Assim que ela sai, o sorriso de Tomás se alarga, e as bochechas de Julieta ficam vermelhas.— Eu não vou sair assim — sentencia Julieta, cruzando os braços.— Ah, você vai, querida! — ele estava mais animado agora; só por aquele sorriso emocionado de Tomás, ela sabia que teria que sair para desfilar.***Maximiliano chegou a

— Peço a vocês duas que se retirem — diz Tomás, apontando para Liliane e Michelle.— Você não pode fazer isso conosco; eu ia comprar parte de sua coleção — diz Michelle em sua defesa.— E por que eu desejaria que você tivesse um dos meus designs em suas mãos? — pergunta Tomás com desprezo.Callum pega a mão de Julieta, mas se sente mal… embora apenas ver o rosto do loiro lhe traga satisfação. Julieta, por sua vez, mal consegue respirar desde que Max apareceu em cena; ela só quer ir embora.— Vou me trocar — ela diz para ninguém em particular.— Tudo bem, querida — responde Tomás — Nós esperamos por você para irmos todos para a festa.Michelle e Liliane são retiradas naquele momento; Maximiliano vigia Julieta como um falcão; Isabel acredita que é melhor ir para casa, e Tomás só pode observar, embora queira rir alto ao ver o rosto de Maximiliano Hawks cheio de ciúmes e inveja.— Você quer ir para a festa ou para casa? — pergunta Callum.— Vou ficar um pouco na festa, mas vocês po

Julieta caminhava apressadamente pelas ruas estreitas e escuras da cidade, segurando seu casaco com força para se proteger do frio noturno e sua sacola de comida na outra mão. O vento soprava com fúria, levantando seu cabelo e fazendo seus passos ecoarem no pavimento deserto. No carro de Maximiliano, ela havia tirado os grampos que prendiam seu penteado e o deixou solto; sua cabeça já latejava de dor. Ela havia combinado de ir à festa de Tomás, mas já não estava com vontade de dançar e beber; ela não podia mais beber nada; ela decidiu caminhar sozinha de volta para casa.“Eu deveria ter pegado um táxi”, ela pensou enquanto acelerava o passo. As luzes dos postes mal iluminavam seu caminho, e o eco de seus saltos parecia ressoar com maior intensidade na quietude da noite.De repente, um arrepio percorreu suas costas. Ela sentiu que alguém a seguia, e apressou o passo, querendo se afastar discretamente.Julieta virou a cabeça levemente, e lá estavam: duas figuras sombrias emergindo da