Pietro começou a caminhar pelo mesmo corredor por onde havia chegado, rapidamente chegou ao quarto de Celeste, ela ainda não havia acordado, mas ao se sentar no sofá ao lado da cama onde a moça estava, ela pôde sentir seu olhar e pouco a pouco foi despertando.— Pi... Pietro, a que horas você chegou?— Não faz muito, como está, querida? Como se sente?— Bem, acho que bem... — Disse Celeste tentando se acomodar.Pietro deixou o café numa mesinha que estava no quarto, se aproximou da maca e suavemente pegou o queixo de Celeste, para plantar um beijo caloroso nos lábios, uma de suas mãos brincava com seu cabelo e bochecha, depois desse beijo terno, coloca sua testa na mesma altura que a testa de Celeste.— Senti sua falta o dia todo! — Disse Pietro tendo o rosto de Celeste muito perto do seu.— Pietro...Depois, pouco a pouco foi se afastando e disse:— Celeste... Seus ferimentos vão demorar para sarar pelo menos meio ano, você mora muito longe daqui, não há alguém de confiança que

Pietro abraçou Celeste e beijou sua testa, internamente ainda tinha um conflito, mas este devia dissipar, ele já não podia voltar o tempo àquela época com Guadalupe, devia avançar, tanto a vida daquele antigo amor quanto a sua, tomaram caminhos diferentes, ele mesmo decidiu isso há 12 anos. Não queria machucar seu antigo amor, nem seu amigo, então naquele tempo partiu e agora, não havia por que voltar.Celeste, por sua vez, sentia esse abraço caloroso e não podia mais que sentir como seu coração batia rapidamente, ela jamais teria imaginado que sua vida mudaria em alguns dias. Agora não sabia o que o destino lhe reservaria, mas estava claro que não estaria sozinha, se sentia tranquila, era momento de deixar ir, era o momento de dizer adeus a Adán, seu único amor, era tempo de avançar, embora sempre o levaria no coração.Pietro soltou o abraço e puxou uma cadeira que estava perto da ampla cama onde estava Celeste, ela o olhava com carinho e este, pousava uma mão na bochecha da mulher

Havia passado quase dois meses desde que Laura havia se transferido para o colégio Marymount, ela havia começado a sair com Adrien, Massimo havia solicitado falar com o jovem que pretendia sua filha. Por questões do destino ou pretextos, não havia se dado a oportunidade, quando Massimo podia, o jovem estava em aulas extracurriculares, quando o jovem podia, Massimo estava viajando, o destino estava conspirando para que não se conhecessem.Laura era uma moça ingênua e iniciante em questões do amor, depois que se descobriu a verdade sobre seu irmão Luciano, este não havia voltado a contatá-la mais. Aquilo havia doído em Laura, já que independentemente de quem fosse seu pai, para Laura, Luciano era seu irmão e o amava tanto como só ela poderia amá-lo, além disso, ele era o único que desde criança lhe havia mostrado um pouco de empatia, enquanto sua mãe e pai não a viam assim.A ingenuidade de Laura era perigosa, mais com Leonardo oferecendo-a como futura esposa, embora a moça não fizesse

— Anda! Vamos, pare de me olhar assim! Além disso, você é quem queria conversar, o que é isso que te urgia falar? O que acontece com você?Massimo entendeu que seu irmão não queria tocar no assunto de Guadalupe, pelo menos ele também não gostaria de falar com Pietro sobre ela, apesar dos 20 anos, ainda lhe doía o que havia feito. Embora eles mal estivessem começando a ter uma relação de irmãos como não haviam tido no passado, não queria invadir seu espaço ou seus pensamentos, preferiu não perguntar mais.— Laura...— O que acontece com sua filha?Massimo apertou o volante, seus nós dos dedos ficaram brancos e Pietro pôde ver como a mandíbula de seu irmão se contraiu.— Laura está grávida...Pietro imediatamente o virou para ver com surpresa, o olhou em silêncio, não encontrava as palavras corretas, já que seu irmão se via, estava tentando se controlar antes de explodir.— Olha, ali está o bar! Vamos tomar um drink, tanto você quanto eu precisamos.Massimo estacionou o carro e o

Valeria e Marco saíram ao estacionamento, ela continuava perdida na imagem que havia visto minutos antes, Marco claramente se dava conta disso, mas preferia não dizer nada. Chegando ao carro, abriu a porta e ajudou sua esposa a subir, por um lado, lhe preocupava a mentira na qual estava envolvido e por outro, não podia negar que lhe incomodava ver como sua esposa ainda pensava naquele homem que anos atrás, era seu grande amor.— Vale, como se sente? Está confortável? — Perguntou Marco tentando tirá-la de seus pensamentos.Valeria virou para olhá-lo e sorriu, mas foi um sorriso forçado, ela ainda não conseguia tirar da mente aquele homem do passado, não conseguia tirar da mente como era que de repente via seu rosto em outras pessoas.— Bem, estou bem! — Disse Valeria sem muitos ânimos.— Não parece, Vale, me preocupa, te vejo desorientada, pense nos pequenos, eles não merecem que você mande mensagens de tristeza ou angústia. Por favor, preciso que pense um pouco neles. — Disse Marco