Valeria permaneceu em seu quarto pensando na conversa que havia tido com Camila, ela não havia pensado que sua mudança fosse notória, em sua mente só estava a ideia de que estava vendo Pietro. Valeria sentiu um grande remorso, não era possível que ela estivesse provocando tal dor a Marco, ele não merecia essa atitude, basicamente havia estado ignorando-o todo o caminho para casa e aquele homem, com uma paciência assombrosa, só a cuidava e mimava.Ela se levantou da cama e foi procurar Marco em seu escritório, era momento de falar, sabia que seria uma conversa dolorosa ou penosa, embora não esperasse que seu marido não estivesse sozinho. Ela normalmente acostumada a bater na porta, hoje estava distraída e não o fez, o que provocou que ao entrar visse como Camila abraçava Marco e este, realmente se via afetado, ela sentiu uma pontada no peito, uma profunda e dolorosa pontada.— Marco... Eu... — Disse Valeria com os olhos cheios de lágrimas.Camila soltou o abraço de Marco e lhe sorriu, p

Pietro rodeou o carro de Massimo, era óbvio que já devia um vidro para ele, ia deixá-lo em sua casa para pedir para Teodore ajudá-lo a levá-lo à oficina, além de que não podia voltar naquele estado para o quarto com Celeste, passavam das 5:00 da manhã, por isso o ideal era ir para casa, tomar um banho e cuidar dos ferimentos.Marco, por sua vez, caminhou em direção à emergência para que cuidassem dos golpes recebidos no rosto, estava claro que chegar naquele estado alteraria Valeria, por isso ligou para Federico.— Federico, você está em casa? — Perguntou Marco enquanto dirigia em direção à sua casa.— Marco, você está bem? Precisa de algo? O que aconteceu? Normalmente, você não me liga neste horário a menos que seja uma emergência. — Disse Federico levantando-se de repente da cama.— Não é nada urgente, mas quero ir à sua casa, posso? Não tenho onde chegar...— Claro! Você já sabe que aqui tem sua casa, aconteceu algo com Valeria?— Te conto quando chegar...— Ok, te vejo aqui.

Pietro tomou um banho e cochilou um pouco, acordou quando sentiu que alguém mexia em seu cabelo, uma pequena mão brincava com seus cachos.— Enzo, não vai à escola? — Disse um sonolento Pietro com os olhos ainda fechados.— Vou, mas quero que você me leve... Onde você tem estado avô?— Tive muito trabalho e agora estou um pouco cansado, peça para Teodore te levar à escola.— Avô, já não quer mais me levar?— Quero, mas lembra que estou cuidando da miss Celeste no hospital, hoje sim estou cansado.— Hmm... Só porque está cuidando dela, mas sinto sua falta avô! Quase não te vejo...Pietro, ao ouvir isso, sentiu uma pontada no peito, se virou e viu seu neto com o uniforme posto, o puxou para abraçá-lo e disse:— Te prometo que vou dar um jeito de ir te buscar na escola à tarde!— De verdade?— SIM!— Ei... O que aconteceu na sua boca? Tem uma marca, aqui. — Disse Enzo tocando o roxo.— Ai! Não toque! Dói!— He, he, he avô, você caiu no banheiro ou o quê? — Disse Enzo rindo. —

--- Celeste Zanini ---Celeste se encontrava olhando pela janela, as pernas doíam um pouco, o medicamento que colocavam era suficientemente forte, para mitigar a dor daqueles ferimentos. Por um momento, ficou olhando para o céu, pensava em sua vida, o difícil que havia sido todo o tempo, sempre pensou que algo muito ruim devia ter feito em sua vida passada, já que hoje em dia a vida que tinha não era a melhor.Um pouco de tranquilidade teve quando chegou a Antica, não vivia com luxos, seu apartamento era pequeno, mas não precisava realmente de nada mais, ela só tinha a si mesma e seu gato Spike, Celeste desde muito jovem havia trabalhado no que pôde, não tinha medo de sujar as mãos.Uma vez teve a oportunidade de conhecer sua amiga Giorgia Telesca, aquela menina de família abastada, mas muito discreta, a apoiou com seus estudos, inclusive antes de viajar para Terraflor, a recomendou no Colégio Marymount, se não a tivesse conhecido, certamente ela não estaria ali. Jamais teria conhec

— Celeste, não há nada com que se preocupar, olhe, todos esses mal-estares são totalmente normais.— A que se refere Dr. Kensington? Normais? Eu não me sinto tão normal...— Celeste, querida! Sua situação é muito normal. Parabéns! Você está grávida!O rosto de Celeste ficou pálido, agora que havia decidido ir embora, agora que finalmente havia tomado a dolorosa decisão, isso lhe acontecia, mas como não ia lhe ocorrer algo assim? Se nunca se cuidou, deixou tudo nas mãos da natureza e da ação divina.— Celeste, você está bem? Te vejo muito pálida, sei que isso você gostaria de ter compartilhado com Pietro, mas ultimamente vejo que ele não vem te acompanhando e de acordo com o que vejo no ultrassom e nos exames, esses bebês já têm 6 semanas.— Uau! Não acreditei... que...— Pela sua cara, vejo que a notícia te pegou de surpresa.— A verdade é que sim, as coisas não estão muito bem que se diga.— Pietro? Mas ele parece te adorar...— Ele é um grande homem, mas, as coisas não são t