Massimo chegou antes de Marco ao cemitério. Não esperou que chegasse mais pessoal, entrou e se dirigiu ao local indicado. Levava a alma por um fio, não sabia quem havia falado com ele, embora sua voz lhe resultasse familiar. Paloma estava com esse personagem misterioso, não podia deixá-la sozinha nem um minuto mais.Quando estava chegando ao local onde descansavam os restos de Pietro, se surpreendeu ao ver uma silhueta conhecida. "Era Pietro! Não havia morrido!" foi o primeiro que pensou ao ver a silhueta parada em frente à placa. O homem ali parado arrumava meticulosamente as flores que estava colocando. Não aguentou mais a dúvida e disse:— Pietro...? É você?O homem parado em frente à placa se virou junto com Paloma. Foi aí que ela descobriu quem era a pessoa que a lembrava de alguém. Ela recentemente havia obtido uma fotografia de quem a vida toda pensou ser seu pai. Virou-se para olhá-lo, mas imediatamente saiu correndo ao encontro de Massimo.— Massimo! — Paloma gritou e corr

Marco ia sentado na parte traseira da caminhonete, Paloma o acompanhava. Ela, depois do que havia acontecido, finalmente ao se sentir protegida por seu pai, adormeceu profundamente.— Minha menina, não sei o que aconteceu, mas vou descobrir e acredite, Leonardo e Luciano se arrependerão de ter tocado em um fio de cabelo seu. Tenho sido muito complacente com esta família, mas eles se meteram com você, agora vou dar onde mais lhes dói.— O que quer que façamos com essa dupla?— Congele suas contas, tenho certeza de que assim que o fizer, esses dois urubus sairão do buraco onde se esconderam. — Disse Marco com os olhos cheios de ira e um tom de voz que não deixava lugar à dúvida de que os faria sentir o inferno.— Luciano me surpreendeu, pensei que com o que você fez com ele em Altocéu, temeria se meter com você. — Disse Federico tranquilamente.— Temia! Mas tenho certeza de que seu agora pai lhe lavou o cérebro. Esse maldito garoto mal está aprendendo a caminhar, mas já quer devorar

Massimo sentia que o pendrive que seu sobrinho lhe havia entregado queimava suas mãos, era uma sensação estranha. Ele havia notado como o semblante de Aldo mudou quando este lhe entregou a memória, não entendia a razão, mas era importante que visse seu conteúdo.Massimo dirigiu até o que era seu novo lar, era impressionante a eficiência com a que ainda seguia trabalhando Matteo. A casa já estava iluminada e até porteiro havia. Ao entrar na mansão, não cheirava a pó e velho, tudo reluzia e começava a se sentir o calor de seu lar, embora sozinho, este de agora em diante seria seu lar, embora na realidade não fosse muito diferente de quando era jovem, já que sua única companhia era Emma, sua governanta.O homem caminhava em direção ao seu escritório, quando uma voz feminina se ouviu pelo corredor.— Papai, é você? — Disse Laura com dúvida.— Laura, minha vida, o que faz aqui?— Me preocupei, ontem também não chegou em casa e preferi procurá-lo. — Disse Laura com seus olhos expectante

Depois de todo um espetáculo, aqueles aos quais foi encomendada a tarefa de cuidar da que fora a esposa do maior dos netos de Caterina Pellegrini, moveram a paciente para um quarto mais privado, tudo isso à espera de poder transferi-la para um lugar fora do hospital e fora do radar de suas pessoas próximas. Não houve tempo de avisar aos pequenos filhos, finalmente o esposo havia decidido cremar sua mulher. Ainda que não estivesse presente, só o fato de que um Pellegrini havia pago a conta do hospital e a cremação, tornava evidente quem estava por trás disso.Essa noite foi realmente longa, não só para aqueles que levavam a cabo diligentemente a tarefa encomendada, para os pais de Alessia, mas sobretudo para Massimo, que a cada linha que lia seu coração se despedaçava, seu corpo se enchia de ira, de dor e de decepção consigo mesmo.Todos os informes que apareciam na informação que Aldo lhe havia entregue, apontavam indiretamente a Alessia Amato como responsável pela morte de seu irmão

Marco deixou Paloma em casa depois de um exame exaustivo, ainda não conseguia tirar da mente o jovem que havia recém conhecido, não podia negar que era a viva imagem de seu amigo, isso lhe deixava um sabor agridoce. A Marco no princípio, havia doído saber que Paloma não era filha de Pietro, já que isso significava que nada de seu amigo ficou neste mundo, agora que a verdade havia vindo à luz, não sabia se ficar tranquilo ou não, não sabia quais eram as intenções daquele jovem. "Por que apareceu do nada? Como foi que nem ele, nem Pietro souberam de sua existência?" pensava enquanto observava sua filha dormir.Isso era algo que não perdoaria a Leonardo, por mais idoso que estivesse, isso que fez lhe custaria muito caro, sua família era sua prioridade, não perdoaria um insulto dessa magnitude. Embora sua reação devesse permanecer em pausa, agora o mais importante para ele, era arrumar as coisas com sua esposa, havia pensado em dirigir até Porto Vento, mas demorou um pouco mais no consult