DavidO mundo ao meu redor parece um borrão. Pessoas passam falando, rindo, vivendo suas vidas sem saber que, a cada segundo, eu estou planejando o próximo movimento para manter o império que carrego nos ombros. Estou no campus da faculdade, entre uma aula e outra, mas minha mente não para. É um campo de batalha constante, onde o menor deslize pode significar o início do fim.Hoje, uma disciplina finalmente consegue prender minha atenção. Simulação Empresarial. O professor entra na sala com uma presença que poucos têm, e, logo de cara, começo a entender por que todos falam tanto sobre ele. Ele não apenas ensina, ele provoca, instiga, desafia. Explica como as empresas podem simular crises, implementar novos modelos de gestão e testar estratégias sem arriscar suas operações reais. Tudo isso me soa como música.Enquanto ele fala, ideias começam a se formar na minha cabeça. Não para qualquer empresa. Para o Grupo Lambertini. Nosso legado. Minha responsabilidade. Eu me inclino na cadeira,

DavidAo sair da faculdade, sigo deireto para o grupo Lambertini.A imagem de Lizandra está fixa na minha mente, ao adentra o grupo, meus passos misturando-se ao silêncio cortante do ambiente. A presidência do grupo Lambertini nunca esteve tão tranquila quanto nos últimos dias, mas a calmaria não é exatamente algo que me agrade. Tranquilidade, no meu mundo, significa que algo grande está prestes a explodir. E, pela forma como Nina, minha secretária, entra na sala como se estivesse sendo perseguida por um fantasma, tenho certeza de que a paz vai acabar.Antes que ela consiga articular qualquer palavra, Darlan irrompe pela porta, com aquele sorriso malandro que só ele sabe dar. Minha paciência já começa a evaporar.— Por que você tem uma secretária, David, se ela nunca consegue me barrar? — ele provoca, jogando-se no sofá de couro como se estivesse em casa.— Talvez porque você seja a única criatura sem limites que ousa ignorar protocolos. Agora fala logo, bastardo, ou sai daqui antes q

DavidComeço meu dia cedo, já no ritmo que minha vida exige. O prédio do grupo Lambertini está silencioso, ainda acordando, mas minha mente já está a mil. Passo pelos vigilantes com um aceno rápido, e Lucca, meu chefe de segurança, anda ao meu lado. Oficialmente, ele é só meu motorista. A gente gosta de manter as aparências simples. Menos perguntas, menos problemas.Chego à sala da presidência. A mesa está cheia de documentos, o e-mail está abarrotado, e a lista de decisões parece infinita. É aqui que mostro quem manda. Libero verbas, resolvo projetos e enfrento reuniões intermináveis. O peso da responsabilidade está sempre ali, mas não reclamo. Eu gosto de controle.E então, como se tivesse lugar cativo na minha cabeça, Lizandra aparece nos meus pensamentos. Aquela garota... Ela tem um jeito de me tirar do eixo sem nem estar presente. Lembro do olhar desafiador, das respostas afiadas. Ela não tem medo de me enfrentar, e isso me deixa louco. Louco e, de alguma forma, fascinado.Uma ba

Conteúdo sensível DavidSheron me lançou um olhar rápido antes de sair, ciente de que esta noite seria diferente. Aciono o painel de segurança que só é aberto com impressões digitais cadastradas, apenas, eu, Darlan, Derick e o don. Logo é revelada a entrada camuflada para o subsolo. Darlan me segue. A tensão no ar é palpável, e o som dos nossos passos ecoa pelas paredes estreitas do corredor, como o prenúncio de algo terrível.Ao entrar na sala, o cheiro metálico de sangue seco mistura-se ao pavor emanado de Alfred Caruso. Está amarrado na cadeira, o corpo já maltratado, os joelhos estourados. O capuz cobre o rosto, mas seu medo quase transborda.Darlan, sempre meticuloso, remove o capuz com um gesto firme. O rosto de Caruso é a perfeita personificação do pânico. Ele tenta falar, tenta justificar, mas suas palavras soam como desculpas patéticas.— Você sabe o que me irrita mais do que traição, Caruso? — digo, me aproximando lentamente. — A estupidez. Achar que pode roubar de mim e

DavidLevo-a para o banheiro, tiro o restante da minha roupa de qualquer jeito, enquanto ela tira cada peça lentamente, sem quebrar o contato visual, me deixando louco, entro na banheira e ofereço a mão a ela, que segura e vem, nos sentamos e continuamos, como se o mundo lá fora não existisse. Entre carícias e beijos na banheira, ela vai ficando mais a vontade comigo, mostrando um lado dela que nunca imaginei ver. Mas ainda assim, algo me diz que há muito mais por trás daqueles olhos azuis.Enquanto estamos na cama, com ela explorando meu corpo e me deixando louco, um pensamento me atormenta, será que Lizandra confia em mim o suficiente para continuar, ou é apenas uma questão de tempo até que a incerteza dela destrua tudo?Não vou estragar o momento, vou fazer o que o meu instinto manda, vou para cima dela, aliso o seu corpo, sinto ela toda arrepiadinha, e começo a beija-la, e lentamente começo a espalhar os meus beijos no seu corpo até que chego na sua parte mais intiima, afasto ma