Além disso, aquele senhor conseguiu dizer com precisão qual era o quarto de Alana. Era evidente que ele tinha se esforçado para descobrir essa informação. Carolina repetia isso para si mesma, tentando se acalmar e encontrar consolo.Augusto estava parado na porta do quarto de Alana. Juan andava de um lado para o outro, murmurando coisas para si mesmo. Quando Augusto entrou, viu Juan inclinado sobre a cama de Alana, os dois formando uma cena carregada de ternura.Ao presenciar aquilo, um turbilhão de emoções tomou conta de Augusto. Ele não sabia exatamente o que dizer. Afinal, a primeira vez que Juan apareceu na família Alves procurando por Alana, foi também a primeira vez que os dois se encontraram.Desde então, a impressão de Augusto sobre Juan era, no máximo, mediana.Alana era esposa de Juan, mas ele sequer sabia onde ela estava e precisou ir à família Alves para perguntar sobre ela.Porém, agora, vendo Juan ao lado de Alana, demonstrando tanta dedicação, Augusto começou a pensar qu

— Tudo bem, entendi. E se a Diretora não acordar? O que fazemos? — Disse Carolina, visivelmente desconfortável.Ela realmente estava preocupada com Alana. Não sabia como lidar com a situação, afinal, trabalhava diretamente com ela.Muitas das tarefas que Carolina realizava dependiam das decisões de Alana. Sem ela, o andamento do trabalho ficaria comprometido. Agora que Alana permanecia deitada em uma cama de hospital, Carolina não conseguia imaginar como tudo seguiria adiante.Ela ficou parada na porta do quarto, confusa sobre o que fazer. Deveria permanecer ali ou voltar para a empresa? Depois de ponderar por alguns minutos, decidiu retornar ao escritório.Afinal, ficar ali não ajudaria em nada. Carolina não era enfermeira nem médica, e sua presença não faria diferença para Alana.Antes de sair, Carolina entrou no quarto para se despedir de Juan. Ao ver Alana ainda deitada, imóvel, ela sentiu um aperto no coração.Mas sabia que continuar naquele estado não era uma solução. Para os out

O efeito do medicamento que mantinha Alana inconsciente duraria, no máximo, três ou quatro dias. Para prolongar o estado dela, seria necessário continuar aplicando as injeções regularmente.No entanto, aquele homem, Juan, estava sempre por perto, vigiando-a com muito rigor. Rui sabia que não poderia ficar de olho em Alana o tempo todo, mas também não encontrava uma oportunidade para agir sem ser notado.Nos últimos dias, Rui vinha buscando uma chance para completar sua tarefa. Agora, finalmente, Juan havia saído do hospital, e Rui aproveitou a oportunidade. Escondendo-se em um canto, ele encontrou uma brecha e escalou a janela para entrar no quarto de Alana.Ao olhar para o rosto sereno e encantador de Alana, Rui sentiu uma pontada de arrependimento."Que desperdício," pensou ele. Era frustrante ver algo tão desejável sem poder tocar. Rui já cobiçava o corpo de Alana há muito tempo, mas com Juan sempre por perto, ele nunca teve uma oportunidade para agir.Sem alternativas, ele focou na

Rui precisava desesperadamente daquele emprego e sabia que não podia abandoná-lo. Afinal, ser vice-diretor de um grande hospital era algo que trazia prestígio. Nas festas de fim de ano, todos o procuravam, traziam presentes e o tratavam com respeito.Acostumado a viver no topo, Rui não conseguia sequer imaginar cair no fundo do poço. Apertando os punhos, ele jurou para si mesmo que protegeria sua posição a qualquer custo."Se é assim, vou ajudar Liz no que for necessário. Só assim poderei garantir um futuro estável," pensou ele, resignado.Enquanto Rui fazia seus planos, outra situação complicada se desenrolava no hospital.Adilson, o médico responsável pelo caso de Alana, estava suando frio. Ele limpou a testa com um lenço, ajeitou a postura e olhou para as pessoas à sua frente:— Eu sei que é difícil de aceitar, mas é a realidade. Às vezes, essas coisas não têm explicação médica. O corpo humano é extremamente complexo. Se um órgão apresenta algum problema, pode acabar afetando outros

Kevin pensava na mensagem trazida por Juan e sentia-se completamente sem saída. Sem alternativas, ele acabou arrumando suas coisas e indo para Nyerere. Quanto à sua irmã, ele já não tinha mais controle sobre ela. Elisa não o ouvia há tempos.E isso não era tudo. Ela teve a ousadia de bloqueá-lo completamente. A família estava preocupada, mas também não tinha o que fazer.No início, Kevin tentou tranquilizá-los, dizendo que não havia motivo para alarme, afinal Juan estava lá. Elisa havia crescido ao lado dele, e, em Nyerere, estando no território de Juan, ela certamente seria bem cuidada.Porém, mesmo com essa lógica, Kevin jamais imaginou que sua irmã seria capaz de fazer algo que irritasse Juan a esse ponto. Como Elisa, estando na casa de outra pessoa, não conseguia controlar seu temperamento? Como podia ser tão imprudente e arrogante?Agora, com a situação fora de controle, Kevin teve que ir para Nyerere buscar Elisa e levá-la de volta ao exterior. Além disso, tudo isso colocou tanto