— Alana, minha Lana... eu te devo tanto... me desculpe.A voz de Juan era baixa e cheia de arrependimento. Ele segurava delicadamente a mão de Alana, pressionando-a contra sua testa. Uma lágrima solitária escorreu pelo canto de seu olho, caindo na palma dela.Infelizmente, Alana não estava consciente. Sob o efeito dos medicamentos, ela permanecia em um sono profundo, completamente alheia ao que acontecia ao seu redor. Os dois ficaram assim, em silêncio, juntos no quarto. Juan não queria pensar no futuro, nem no que viria depois. Naquele momento, tudo o que ele desejava era essa paz, sem interrupções.Quando Carolina voltou, encontrou Juan segurando a mão de Alana, descansando ao lado dela. O homem, que havia passado a noite inteira sem dormir, finalmente parecia relaxado. Estar ao lado de Alana lhe trouxe uma paz que ele não sentia há muito tempo.Ao ver aquela cena, Carolina decidiu não entrar. Ela sabia reconhecer o momento certo e percebeu que não seria apropriado interromper. Afina

Laura não tinha mais energia para lidar com os detalhes ou prestar atenção no comportamento de Liz. Antes, achava que Alana poderia se cuidar bem sozinha, mas quem imaginaria que, em apenas alguns dias, ela acabaria hospitalizada?O choque ainda era grande, e, ao ouvir as palavras de Liz, Laura sequer sabia como responder. Ela apenas olhou para a filha com um olhar distante, o que fez Liz sentir-se desconfortável.O olhar fixo de Laura deixou Liz inquieta. "Será que ela descobriu algo? Não deveria... Sempre fui cuidadosa com tudo, ninguém poderia ter encontrado nenhuma pista. A menos que eu mesma tenha falado algo." Pensando nisso, Liz sentiu-se mais confiante e decidiu agir com audácia.— Mamãe, voltei! Por que está sentada na sala? E quando falei com você agora há pouco, parecia que nem estava me ouvindo. O que tanto pensa?As palavras de Liz finalmente tiraram Laura de seu devaneio.— Não, nada. Estava pensando sobre questões da empresa.Laura tentou se recompor, forçando um sorriso

Liz se perguntava: Laura realmente parecia gostar mais dela?Ela não sabia se isso era apenas uma impressão sua, mas, às vezes, realmente acreditava que era esse o caso.No entanto, Liz deixou esses pensamentos de lado. Não era hora de se perder em reflexões sem importância. O mais urgente agora era garantir que Nelson desse andamento à próxima etapa do plano. Afinal, aquele velho teimoso do Augusto não deixaria passar nada sem confirmar os fatos com os próprios olhos.Pensando nisso, Liz pegou o celular e enviou uma mensagem para Nelson:[Seja rápido. Minha mãe já sabe sobre o coma da Alana. Se ela for transferida para outro hospital, será difícil fazer alguma coisa depois.]Ao receber a mensagem, Nelson apressou-se em se vestir. Ele precisava chegar ao hospital o mais rápido possível e alinhar tudo com os médicos, garantindo que Alana não fosse transferida.Nelson se apressou o máximo que pôde e conseguiu chegar ao hospital antes de Augusto. Quando ele entrou no saguão, percebeu que

Adilson não queria viver uma vida sendo constantemente ameaçado, mas ele realmente não tinha escolha. A vida já era difícil o suficiente, e agora parecia que as coisas só pioravam. Ele ainda tinha que se submeter à vontade dessas pessoas.Essas pessoas da alta sociedade nunca consideravam os sentimentos dos outros. Todos eram assim, sempre colocando os de baixo na posição mais inferior possível.Eles, como pessoas comuns, não podiam fazer nada além de obedecer. Era como se fosse uma lei natural.Adilson suspirou profundamente. Ele só podia seguir as ordens de Nelson. Caso contrário, perderia seu emprego.E, se não pudesse fazer o que amava, seria como estar morto. Ele já estava acostumado a essa rotina há tantos anos.Mas, diante das circunstâncias, ele não podia simplesmente jogar tudo para o alto e desistir do trabalho. Isso definitivamente não era uma opção.Adilson não sabia bem como descrever seus sentimentos, mas tinha consciência de que precisava continuar. A única coisa que pod