Os olhos de Isaac pousaram no rosto de Beatriz enquanto ele perguntava, num tom frio: — Quem te disse isso? Ele sabia que a notícia sobre Clarice havia sido completamente abafada. Como Beatriz poderia saber de algo assim? — Eu tentei ligar para ela, mas o celular dela está sempre desligado. Eu procurei por ela, mas ninguém sabe onde ela está. Então, imaginei… Será que ela morreu? — Beatriz estava com um vestido barato, o rosto tinha uma aparência abatida, mas seus olhos brilhavam de forma estranha ao mencionar a possibilidade da morte de Clarice. Se Clarice estivesse morta, ela, como irmã, talvez tivesse a chance de se aproximar de Sterling. Essa ideia começou a ganhar força em sua mente, e um entusiasmo quase incontrolável tomou conta de seu coração. — Se não tiver mais nada importante, por favor, saia da frente. — Disse Isaac, firme. Ele sabia que Sterling ainda não havia desistido de procurar Clarice e, por isso, jamais admitiria que ela estava morta. — Eu tenho algo mui

Túlio ficou levemente surpreso. — O que você quer dizer com isso? Por que Sterling estava perguntando sobre Clarice, de repente? Será que ele havia percebido algo estranho? — Você não disse antes que Clarice salvou sua vida? — Perguntou Sterling. — O que aconteceu exatamente? — Uma vez, eu desmaiei na rua. Ninguém teve coragem de se aproximar, mas Clarice foi quem me ajudou. — Respondeu Túlio, lembrando da cena. Mesmo agora, ele continuava profundamente grato a Clarice. — Se não fosse por ela, eu já estaria morto. Não teria sobrevivido até hoje. — Como exatamente ela te ajudou? — Sterling franziu a testa, achando aquilo tudo muito estranho. — Clarice sabia medicina. — Disse Túlio, lançando um olhar direto para ele. — Você não sabia disso? — Ela nunca me contou nada, como eu saberia? — Sterling estreitou os olhos, desconfiado. — Tem certeza de que ela sabia medicina? Eles estiveram casados por três anos, e ele nunca percebeu nada do tipo. A pergunta de Sterling fez Túl

Sterling ficou muito tempo sem conseguir reagir. Ele realmente não esperava que, por trás daquela história de anos atrás, houvesse esse tipo de verdade. — Clarinha cresceu sofrendo nas mãos dos pais. Ela era forte, resiliente, não era o tipo de pessoa que desistia da vida diante de qualquer dificuldade. Por isso, eu tenho razões para acreditar que a morte dela não foi suicídio, mas assassinato! — Disse Asher, com o rosto pálido e respirando com dificuldade após desabafar tudo de uma vez. As mãos de Sterling, que estavam caídas ao lado do corpo, se fecharam em punhos. Ele sentiu como se o peito estivesse sendo esmagado, dificultando até mesmo o ato de respirar. Ele havia procurado Asher para tentar confirmar que Clarice ainda estava viva. Mas ouvir Asher dizer que ela pode ter sido assassinada fez algo dentro dele se despedaçar. Pela primeira vez, ele percebeu o quão inútil era todo o poder que ele tinha. Não importava a quantidade de recursos ou influência que ele possuía, ele nã