Parte 103...CamilaOs dias passaram em um ritmo que parecia lento demais para mim. A cada sessão de fisioterapia, eu sentia a tensão crescer em meu peito, um medo irracional de que nada daquilo fosse adiantar, de que eu continuasse sendo apenas um fardo. E Alejandro estava lá, todas as vezes, silencioso, observador, mas sempre presente.— Vamos, Camila. Mais uma vez. - a voz do fisioterapeuta era firme, mas paciente.Minhas pernas estavam pesadas, meu quadril latejava, e um gosto amargo de frustração subia pela minha garganta. Eu já tinha atingido meu limite, mas Alejandro, parado ali ao lado, me fitava como se esperasse algo mais de mim. Como se eu fosse capaz de mais.Fiz novos exames, dois deles bem incômodos, mas eu precisava fazer. Além do médico eu tinha agora também meu marido me cobrando.— Não precisa ficar aqui. - soltei, olhando para ele, tentando ignorar a dor. — Eu sei que você tem negócios mais importantes do que assistir a isso. Pode ir.Ele cruzou os braços, inclinand
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