Isabela estava entediada de tanto esperar e perguntou a Laura se havia algo que pudesse fazer.Laura sorriu e respondeu:— Que tarefa eu teria para você fazer? Mesmo que tivesse, eu não teria coragem de deixar você fazer. E se algo desse errado, como eu assumiria a responsabilidade? Além disso, você já está aqui há tanto tempo, e o relacionamento de vocês dois é tão bom. Se algo acontecesse por minha causa, o Jorge com certeza ficaria furioso comigo. É melhor eu ser cuidadosa.Isabela também deu um sorriso:— Foi desnecessário eu perguntar. Deixa para lá.Ela foi até o escritório procurar um livro.Laura a seguiu:— Ler demais faz mal para os olhos. Se você está tão entediada, posso assistir televisão com você.Isabela, com a cabeça erguida, procurava algo na estante:— Não tem nada de interessante na TV ultimamente.— Tem sim! Aquele programa de variedades cheio de gente bonita não está fazendo o maior sucesso? — Disse Laura apressadamente.Isabela olhou para ela, surpresa.— Laura, v

Do andar de cima, se ouviu o som de uma porta se abrindo. Logo depois, Diego apareceu no corrimão do segundo andar, olhando para a filha.Clara se virou e acenou para ele:— Pai, é o seu filho, ele quer falar com você. Atenda logo.Jorge ouvia tudo isso pelo telefone, e sua testa se franzia cada vez mais.— Clara. — Chamou Jorge.Mas não houve resposta.Clara largou o telefone e se jogou no sofá ao lado, levantando as pernas enquanto equilibrava uma almofada nos pés.Ao descer e ver a postura nada séria da filha, Diego também franziu a testa.— Vá se vestir. — Disse Diego.Clara respondeu:— Pai, do que você está falando? Eu já estou vestida.Diego insistiu:— Se levante e se vista direito. Ficar de pijama no sofá sem postura alguma, que tipo de exemplo é esse?Clara se ajeitou:— Atenda logo o telefone. Não precisa ficar me repreendendo.Diego se sentou, pegou o telefone e disse a ela:— Suba para o andar de cima.— Você só quer me despachar, né? — Clara fez biquinho e reclamou para o

Alícia sorriu para a filha:— De onde você tirou dinheiro?Clara respondeu rapidamente:— Do meu dinheiro guardado, claro! Do que você e o papai me deram, e do que meu irmão me dava antes. Eu tenho minhas economias. — Ao falar de dinheiro, Clara fez um biquinho e, com um tom um pouco magoado, continuou. — Faz muito tempo que meu irmão não me dá mesada.— Você já está bem crescida, ainda quer mesada?— Não importa o quanto eu cresça, ainda sou irmã dele, não sou? E, mesmo que eu cresça, continuo sendo sua filha! — Ela se aconchegou no colo da mãe. — Mamãe, eu vi uma bolsa que gostei muito. Compra para mim?Diego comentou:— Você não acabou de dizer que queria comprar um vaso antigo para sua mãe? O vaso antigo ainda nem foi comprado, e já quer que sua mãe compre uma bolsa para você? Achei que você tinha aprendido a ser mais atenciosa, mas, no fim, só está de olho no dinheiro da sua mãe.— Pai, eu realmente vou comprar o vaso para a mamãe. Quero dar o vaso porque amo a mamãe, e a mamãe me

Um pequeno diamante azul, puro e translúcido, com um brilho tão intenso que ofuscava.No dedo delicado de Isabela, parecia refinado e elegante.Viviane comentou com admiração:— Mal entrei e já vejo vocês dois assim, tão apaixonados.Isabela puxou a mão de volta:— Para com isso.Viviane falou com seriedade:— Estou falando sério, o Jorge tem bom gosto, combina muito com você.Isabela guardou as coisas que Viviane trouxe e perguntou:— Quer café ou suco?— Suco. — Viviane respondeu enquanto olhava os presentes que Jorge havia dado a Isabela.Isabela foi para a cozinha.Laura apareceu e disse que Isabela deveria ir conversar com a amiga:— Eu cuido disso, o que você quer beber?Isabela já tinha tomado dois copos de suco e não tinha espaço para beber mais nada:— Não quero nada, obrigada.— Certo.Na sala de estar, Viviane olhou para Isabela, que voltava:— Seu marido não economizou, hein? Tudo de primeira. Acho que você deveria causar mais problemas.Isabela se sentou:— Tá bom, fala lo

— Ela viu a sua família e a Yasmin assistindo à Exposição de Antiguidades juntos. Ficou curiosa e veio me perguntar quem era.Isabela ficou mexendo no próprio cabelo, distraída.Jorge permaneceu em silêncio. Então, Viviane realmente estava ali para fofocar, mas o alvo do assunto era ele mesmo.Ele segurou a mão de Isabela, que estava brincando com o cabelo dela:— Ela falou alguma besteira?Ele nem precisava ouvir a conversa para adivinhar o que elas provavelmente disseram.Embora Isabela não fosse do tipo que gostava de fofocar ou falar dos outros pelas costas, Viviane... Bem, ela era diferente.— Besteira? Como assim besteira? — Isabela puxou a mão. — Aquela Yasmin é sua amiga de infância, não é?Jorge ficou em silêncio.— Parece que aquelas coisas foram compradas à toa. — Disse Jorge, suspirando.— Olha só você. — Isabela riu. — Eu não estou brava, só que...No fundo, ela sentia uma pontinha de desconforto. Todos sabiam que Yasmin já havia gostado de Jorge no passado e, mesmo depois