— Me espera aqui, eu vou pegar o carro. — Josiane, com as chaves na mão, seguiu em direção ao estacionamento.Elas não chegaram tão tarde assim, ainda havia lugares disponíveis.Josiane comeu três porções de bife e uma de macarrão, além de refrigerante e salada.Seu apetite sempre fora ótimo.Depois da refeição, elas voltaram ao escritório de advocacia para continuar o trabalho.Como o julgamento estava se aproximando, havia muito a ser feito. Após às cinco, realizaram mais uma reunião, que só terminou às nove da noite.Isabela foi tomar uma xícara de café e, ao lembrar que ainda precisava ir até a família Neves, pegou o celular e ligou para o motorista, pedindo que ele viesse buscá-la.Ela se recostou na mesa, o corpo relaxado, os olhos voltados para a janela, enquanto tomava aos poucos o café amargo, sem açúcar e sem leite.A vista lá fora estava bonita, com muitas luzes ainda acesas nos prédios ao redor.Isabela conseguia imaginar a atmosfera tensa de trabalho.Enquanto estivermos v

Alícia também queria que ela ficasse.Parecia que, só assim, ela conseguiria sentir que havia sido perdoada.Isabela disse:— Não, tenho outras coisas para fazer. Vou indo.Depois de falar, sem se importar com a reação deles, se virou e saiu do quarto de Alícia.Clara franziu a testa.Por que parecia que Isabela não os havia perdoado de verdade?— Cunhada... — Clara quis perguntar o que havia acontecido, mas foi puxada pelo braço pela mãe. — Ela já disse que tem coisas a fazer. Por que você quer ir atrás dela?— Eu... — Clara piscou os olhos. — Eu queria que ela ficasse.Clara continuou:— Ela faz parte da nossa família. Ficar em casa é o certo. Eu não entendo por que você está me impedindo.— Seu irmão está viajando a trabalho. Ela está sozinha aqui, com certeza não está à vontade. Então, não force os outros. — Alícia disse à filha.Mas Clara retrucou:— Aqui também é a casa dela. Ela é esposa do meu irmão. A casa do meu irmão não é a casa dela também? Será que, no futuro, ela não vai

— Eu... — Alícia também percebeu que tinha se exaltado demais. — Desculpa, eu...— Tudo bem, você precisa descansar. — Diego saiu do quarto.Clara correu até ele, manhosa:— Papai.Diego não estava de bom humor e lançou um olhar à filha:— Não me deixe irritado.— O que foi que eu fiz? — Ela sorriu docemente. — Papai, me empresta seu celular rapidinho?Diego, sem vontade de ser importunado, tirou o celular do bolso e entregou a ela:— Não vem me encher.Clara se endireitou:— Prometo que não vou te incomodar.Diego lançou outro olhar na direção dela e seguiu para o escritório.Com o celular em mãos, Clara se sentou no sofá.Discou o número de Jorge.O próprio número dela tinha sido colocado na lista de bloqueio de contatos de Jorge. Sem conseguir falar com o irmão diretamente, só restava usar o celular do pai.Do outro lado, Jorge atendeu sem saber que era a irmã.Assim que a ligação foi completada, Clara disse rapidamente:— Irmão, sou eu. Hoje sua esposa foi visitar a mamãe em casa.

Samanta ficou tão irritada que perdeu as palavras. No final, conseguiu dizer apenas:— Ainda bem que você não é mais nora da nossa família.Viviane soltou uma risada fria:— Quem é que quer ser nora da sua família?!Ela fez uma pausa proposital e disse de forma provocadora:— Se eu quiser, posso me casar com o Fabiano agora mesmo. É melhor você falar comigo com mais delicadeza, senão eu vou direto para o cartório com ele agora, só para te deixar com ódio.Samanta começou a tremer de raiva.Era a primeira vez que alguém a tratava daquele jeito.Como nunca percebeu antes que Viviane podia ser tão mal-educada?Onde estava a postura de uma dama da alta sociedade?— Vo-você... Você... Pegue logo suas coisas e saia daqui! — Gaguejou, mal conseguindo articular as palavras.— As minhas coisas, claro que eu vou levar. Preciso que você me lembre disso?Viviane, desde pequena, nunca tinha engolido desaforo.Suas palavras saíam afiadas, cheias de fúria. Samanta não conseguia acompanhar. Agora, ao

A mãe de Viviane ficou paralisada:— Quando encontram um homem bom e adequado, muitas mulheres ainda escolhem se casar novamente...Viviane sorriu:— Mãe, não pode ser assim. Você acabou de dizer outra coisa.— Eu só falei da maioria, não disse que são todas as pessoas do mundo. — A mãe de Viviane não quis prolongar a conversa com a filha. — Vou dormir.Viviane perguntou à mãe:— Posso sair para me divertir um pouco?— Se quiser ir, vá. — Respondeu a mãe, mas, ao virar, perguntou. — A essa hora? Vai aonde?— Vou ver a Isa. Ela também está sozinha em casa. Se ficar muito tarde, nem volto, durmo lá. — Disse Viviane.A mãe de Viviane perguntou:— E o marido dela?— Está viajando a trabalho. — Respondeu Viviane.— Tá bom, não estou preocupada com a Isa. Só não vai fazer besteira. — Disse a mãe.— Eu sei.Ela saiu de casa feliz.Isabela tinha acabado de chegar quando recebeu a ligação de Viviane, dizendo que estava indo até lá. Como Jorge também não estava em casa, Isabela respondeu:— Pode