Bella…— Está todo mundo pronto para a luta de hoje à noite? — Perguntei a Ryder e Clarence assim que chegamos em casa.— Sim, Sam está lá atrás com eles. Estão todos em ótima forma. Ah, e eu liguei para o Tio Michael. Os homens dele atenderam, e adivinha só? O seu homem já está lá.Lancei um olhar fulminante para ele.— Ele não é o meu homem.Desde que voltei há duas horas, esses idiotas não paravam de dizer que Ace era meu homem só porque ele ainda estava vivo.— Tanto faz. Só achei que você deveria saber.— Você disse a ele que quero ver o Tio Michael?— Sim, eles estão esperando por nós nesse exato momento.Assenti e olhei para Clarence.— Parece que vamos pegar a estrada.Ryder estava dirigindo e Clarence sentou ao lado dele. Eu sempre fico no banco de trás quando não sou eu que estou dirigindo.Quando chegamos à mansão do Tio Michael, um dos seguranças nos informou que ele estava ocupado no momento, mas que, se quiséssemos, poderíamos nos juntar a alguns dos homens no campo de ar

Ace...Meus homens e eu decidimos ir à luta esta noite. Acho que um pouco de emoção vai fazer bem pra eles. Eu sei que é um clube de lutas clandestino e ilegal. Só as máfias e gangues menores conhecem esse lugar.— Tá pronto pra arrebentar uns caras? — Daniel perguntou quando desci as escadas. Meus homens já estavam me esperando.— Sim, vamos ver qual é o burburinho todo em torno desse lugar.Nunca tinha ido a esse novo clube de lutas clandestinas, mas pelo que ouvi, é o lugar do momento.Saímos dos carros e descemos as escadas até o clube. Fiquei me perguntando quantos membros da máfia estariam aqui esta noite. Fomos até nossos lugares e deixei meu olhar percorrer o local. Vi muitos rostos conhecidos. Alguns eram inimigos, outros aliados.Senti Richard me cutucar com o cotovelo, fazendo com que eu o encarasse com raiva; o olhar dele estava fixo em outra direção. Olhei pra onde ele olhava e vi Bella e Ryder com a gangue deles.— Lá está a chefona gata que veio nos visitar. — Richard di

Michael…— Vingar a morte dela? Ah, por favor, o que há pra vingar? Deixa eu te contar um segredinho. — Disse a mulher que eu amei um dia, com um sorriso debochado no rosto. — Ela não está morta.Essa revelação me deixou em choque.— Como assim? Eu vi o maldito corpo dela junto com o do Brandon.A vadia começou a rir.— Tem certeza? Porque, pelo que eu sei, ela virou uma prostituta.Bella ofegou.— Como assim? Você teve algo a ver com isso?Ela lançou um olhar mortal para Bella.— O que isso tem a ver com você? Eu só ajudei ela a fazer a escolha, porque uma mulher como ela, que abre as pernas pra qualquer um, não passa de uma prostituta.Essa vadia estava me tirando do sério.— Eu quero todas as garotas que você tem aqui. Não vou te poupar uma sequer, isso é uma promessa.— Você tá maluco. Eu não vou te entregar todas. Você sabe como esse negócio funciona. Se tocar nas que já foram vendidas, vai ter uma guerra nas mãos.Virei para Bella e Ace.— Eu vou ficar aqui com Bruce e Clarence.

Bella…Vesti o vestido novamente e avancei pelos corredores. Precisávamos localizar as garotas antes que mais guardas surgissem.— É o que estou pensando? — Perguntou Ace assim que entramos numa sala repleta de correntes e instrumentos de tortura afixados às paredes e às mesas.Olhei para onde ele apontava e assenti.— Sim. Existem pelo menos seis salas como esta. Alguns homens adoram torturar as garotas antes de… bem, você sabe. — Interrompime, pois esse era o pior tipo de gente; eu queria poder salvar todas que estavam ali.Seguimos para outro quarto e encontramos Sandra e Camilla, além de mais duas garotas desconhecidas. Volteime para Ace, que examinava a sala em frente.— Achei.Entrei, e ele veio logo atrás. As quatro ergueram o olhar. Sandra estava numa ponta e Camilla na outra, com as desconhecidas no meio, todas sentadas no chão gelado e duro. Vestiam minivestidos e saltos altos; algo me dizia que já estavam sendo leiloadas como animais. Olheiras profundas, pele pálida, marcas

Bella…Eu me sentei na minha varanda vermelha predileta enquanto o sol se punha no horizonte. Valentina acomodouse ao meu lado e afivelou o cinto. Ainda havia pendências antes de partirmos para a América naquela noite. Girei a chave, saboreei o ronronar do motor e pisei fundo no acelerador. Eu sabia que violava a lei ao cortar a cidade rumo aos arredores, mas não me importei — eu era a lei. Ninguém ousava me desafiar, não se quisesse continuar vivo.Faziam dois anos desde a última vez que eu vira Ace e seus homens. Os primeiros três meses haviam sido cruéis; eu sentia falta dele, mas precisava seguir em frente. Nós ainda não estávamos em um relacionamento, embora eu não conseguisse ignorar a conexão que existia entre nós. Talvez fosse apenas fantasia, não sei, mas eu jurara a mim mesma que jamais voltaria a me apaixonar por um homem.Voltamos ao esconderijo de Anjo Negro e o eliminamos junto com seus comparsas. Libertamos todas as garotas que tinham sido vendidas. Eu garanti que jamais