-Vejo que você encontrou uma mulher que finalmente abalou os alicerces de seus pés, Heinst", comentou Elisa com uma voz carregada de ironia, como se estivesse se deliciando com a ideia de que o inflexível Heinst tivesse caído nas armadilhas do amor. O sorriso no rosto de Elisa se alargou, apreciando o desconforto óbvio que suas palavras estavam causando nele.Heinst reagiu rapidamente e sua expressão se endureceu ainda mais. Ele sabia que não podia se dar ao luxo de mostrar fraqueza na frente de Elisa, não quando ela já havia descoberto o que mais importava para ele no mundo. Sua resposta foi rápida e concisa, uma tentativa de afirmar sua posição e recuperar o controle da situação.-O que eu sinto por ela não é da sua conta. Apenas tente não testar minha paciência, Elisa", a voz dele saiu fria e imponente, com uma aspereza que buscava impor limites claros. Ele sabia que Elisa não era alguém com quem se pudesse brincar e que cada palavra que saísse de sua boca tinha de ser calculada co

Erick não se intimidou. Com movimentos precisos e controlados, ele pegou o copo vazio sobre a mesa e serviu-se de um pouco da bebida de uma garrafa próxima. O líquido âmbar encheu o copo com um som suave, e Erick o levantou antes de falar, certificando-se de que todos os presentes entendessem que ele estava no controle.-Carlos, você sabe muito bem que confrontar Roman é uma atitude perigosa", disse Erick com uma voz firme e ponderada.-Você não pode intimidar alguém como ele sem esperar uma retaliação. Você está realmente disposto a arriscar sua vida por isso? -perguntou Erick enquanto olhava para o produto espalhado sobre a mesa, uma mercadoria pela qual Carlos ainda não havia pago dez por cento.A pergunta pairava no ar, enquanto Carlos o olhava com uma mistura de ódio e preocupação. Erick, sem desviar o olhar, tomou um gole de seu copo, demonstrando uma confiança inabalável que apenas intensificou a tensão na sala. Todas as pessoas presentes, embora silenciosas, podiam sentir que

Dentro do cofre havia uma quantia considerável de dinheiro, mas o que realmente chamou a atenção deles foram vários envelopes carimbados com selos oficiais, joias caras e, o mais surpreendente de tudo, um conjunto de documentos incriminadores que ligavam vários nomes poderosos em uma rede de corrupção e tráfico de influência. Estavam todos ali, cuidadosamente guardados, como se Carlos estivesse acumulando informações para chantagear pessoas muito mais perigosas do que ele.O silêncio caiu sobre a sala enquanto todos processavam o que viam. Carlos, sabendo que estava em desvantagem, deu um sorriso nervoso.- Veja, aqui está o que eu lhe devo... e mais um pouco.-Analia não disse nada, mas a expressão em seu rosto dizia tudo. O equilíbrio de poder na sala acabara de se alterar de forma inesperada, e agora cabia a ela e a Erick decidir o que fariam com aquela informação e com Carlos. Uma coisa era certa: ninguém sairia daquela sala igual.Analia pegou um dos documentos com as mãos firmes

Para Analia, a vida de Erick era um teste constante de sobrevivência. Ela sabia que seu parceiro estava exposto a ameaças a todo momento, não apenas de inimigos externos, mas também daqueles que se diziam aliados dentro da própria organização. Erick, com seu caráter resoluto e aparente calma, nunca demonstrou suas reais preocupações. Mas Analia, que o conhecia melhor do que ninguém, podia ler os sinais sutis de tensão reprimida em seu rosto. Ficou claro para ela que sua missão não era apenas obter as informações necessárias, mas também proteger Erick por dentro, agindo como seus olhos e ouvidos no coração do perigo.A atmosfera dentro da organização criminosa era pesada, permeada de suspeita e desconfiança. Os homens de Carlos e outros líderes estavam sempre vigilantes, com uma atitude feroz e desconfiada em relação a qualquer pessoa que pudesse parecer uma ameaça. Anália, com sua capacidade de se camuflar e seu talento inato para ganhar a confiança dos mais perigosos, havia conquista

-Oh, sim... claro, estou bem", ele respondeu em um sussurro, mas a mentira era evidente em sua voz. Clara, frustrada e impotente, foi embora, deixando-o sozinho com seus demônios.Motivado pela necessidade de confirmar as terríveis suspeitas que o assombravam, Heinst passou horas vasculhando documentos e arquivos. Finalmente, ele encontrou o que procurava: uma gravação escondida em uma pasta esquecida. O arquivo estava marcado com um código enigmático, mas quando ele o reproduziu, a voz de seu pai encheu a sala. Era fria, calculista e desprovida de qualquer indício de humanidade. Na conversa, ele se referiu aos pais de Clara como um "problema" que precisava ser eliminado. A crueza com que ela discutia o destino deles era insuportável. Heinst sentiu um nó no estômago ao perceber a verdadeira natureza do homem que ele admirava e seguia cegamente.Com a raiva queimando em seu peito, Heinst deixou a gravação sobre a mesa em seu quarto e saiu determinado a confrontar seu pai. Ele sabia que