— Com licença, podem abrir espaço, por favor? — Disse de forma casual enquanto me aproximava.Sebastião permaneceu imóvel, seus olhos fixos em mim. Lídia hesitou por um instante, mas acabou dando um passo para o lado, abrindo caminho em silêncio.Ao passar por eles, percebi que Lídia segurava o braço de Sebastião com força, como se temesse que ele pudesse ser levado por mim naquele momento.— Carol, venha, vamos continuar comendo. — Disse Cátia, assim que entrei na sala, com seu jeito caloroso de sempre.Sentei-me à mesa e, fingindo ingenuidade, perguntei:— Tia, por que estamos só nós duas aqui?— Desde o início éramos só nós, mas tem gente que insiste em se meter onde não é chamada. — Respondeu Cátia, sem esconder seu desprezo por Lídia e, indiretamente, por seu próprio filho.Dei um sorriso de canto.— Tia, desse jeito você vai acabar brigando com o Sebastião.Não era que eu estivesse tentando bancar a pacificadora, mas João e Cátia sempre haviam sido tão bons para mim que, no fundo
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